Revista Concreto & Construções - edição 79 - page 96

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tos estruturais em uma fachada revesti-
da com argamassa e pintada pode ser
observado na figura 4. Note-se, neste
caso, como são facilmente identificadas
as vigas (A) e os pilares (B) que formam
a estrutura porticada de concreto da
edificação. Aparecem aqui como zonas
mais frias na imagem térmica.
Para o caso de fachadas revestidas
com argamassa e pintura, é possível
identificar também outros tipos manifes-
tações patológicas, como as fissuras. A
figura 5 mostra a imagem térmica com
a localização das fissuras (A) na fachada
em um estudo de mapeamento de ano-
malias. Observa-se que, na inspeção
visual, essas anomalias não são detec-
táveis (aspecto similar ao da figura 4(b)).
Na análise da inspeção global efetuada,
constatou-se que essa fissuração ocor-
reu na alvenaria, sendo as mesmas ma-
peadas pela inspeção termográfica.
Com a termografia infravermelha
também podem ser detectados pro-
blemas de umidade em diferentes
elementos da edificação. Isso ocorre
porque a evaporação da água causa
uma redução da temperatura superfi-
cial, sendo essa alteração captada no
termograma. Note-se, na figura 6, que
no termograma se conseguiu avaliar a
magnitude do problema de umidade (A)
na união entre a laje e a parede (cortina
em concreto). As inspeção foi feita na
face inferior de uma laje, no encontro
com a cortina de concreto, em uma
garagem em subsolo que apresentava
problemas de infiltração na laje (falha
da impermeabilização). A evaporação
de água na superfície do objeto alvo
(superfície de concreto) faz com que
diminua a temperatura na superfície,
sendo essa diferença de temperatura
detectada no termograma.
Os problemas de umidade causa-
dos por capilaridade são detectados
também com o uso da termografia in-
fravermelha. Quando este problema é
analisado com esta técnica, além de
ser identificado, é possível definir sua
magnitude. A figura 7 mostra um estu-
do de absorção de água por capilari-
dade (A) onde se define claramente a
altura da franja de água no corpo de
prova prismático. Note-se aqui que em-
bora a franja seja relativamente visível
na fotografia digital (o que nem sempre
ocorre), no termograma ela passa a ser
identificada e mensurada pela redução
de temperatura superficial que a evapo-
ração proporciona.
4. ERROS E DIFICULDADES NA
APLICAÇÃO DA TERMOGRAFIA
A aplicação da termografia infra-
vermelha na detecção de patologias
u
Figura 5
Identificação e mapeamento
de fissuras em fachadas com
revestimento em argamassa
e pintura
u
Figura 6
Avaliação de problemas de umidade no interior de uma edificação com
termografia infravermelha
a
b
u
Figura 7
Avaliação da capilaridade em amostras de concreto celular
Termograma indicando as franjas
de umidade
a
Fotografia digital do experimento
b
1...,86,87,88,89,90,91,92,93,94,95 97,98,99,100,101,102,103,104,105,106,...132
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