106 | CONCRETO & Construções
ser considerado como ideal; também
é visível que, para ambas as seções,
não existem espaçamentos menores
do que 1,5 m, o que implica uma pe-
quena possibilidade de aglomeração
de fissuras e consequentes intersec-
ções de fissuras. A experiência com
PCCA tradicionais mostra que a por-
centagem cumulativa do espaçamen-
to entre fissuras atinge 100% com um
espaçamento menor que 3,0 m para
pavimentos com dois anos de idade
e que, para pavimentos com um de-
sempenho satisfatório, os limites re-
comendados englobam de 50 a 90%
do espaçamento.
Por outro lado, de maneira aná-
loga aos PCCA tradicionais, os le-
vantamentos de abertura da fissura
comprovaram a influência da porcen-
tagem de armadura e principalmente
da temperatura nesse parâmetro. A
mensuração da abertura foi realizada
com uma régua (Figura 9); este méto-
do, embora rápido, permite somente
a determinação da abertura na super-
fície do pavimento. A abertura média
das fissuras no último levantamento,
realizado em maio de 2013, foi de
0,17 mm para a seção 2, enquanto
que as seções 3 e 4 apresentaram
0,55 e 0,33 mm, respectivamente; a
temperatura média durante o levan-
tamento foi de 16 ºC. Em contraste,
em um dia quente de verão em janeiro
de 2013, as médias foram de 0,1 mm
(seção 2), 0,37 mm (seção 3) e 0,26
mm (seção 4). A temperatura alcan-
çou os 27 ºC naquele dia em particu-
lar; as duas fissuras na seção 2 esta-
vam quase invisíveis.
4. TRANSFERÊNCIA DE CARGA
EM FISSURAS E JUNTAS
O método mais usual para aferir a
transferência de carga entre fissuras/
juntas (LTE) é a utilização de um tes-
te com o
Falling Weight Deflectometer
(FWD). O FWD é classificado como um
ensaio não destrutivo onde, através
de sensores em posições preestabe-
lecidas, é possível captar as ondas de
acelerações verticais (deslocamentos)
que ocorrem na superfície, decorren-
tes de uma carga. Para a determina-
ção das deflexões (descolamentos
verticais) sofridas pelo pavimento,
essas ondas de deslocamento são
duplamente integradas por um sof-
tware acoplado ao equipamento. O
u
Figura 6
Mapa de fissuras atualizado (maio/2014)
1
2
4
16,25
3
4,68
8,12
6,52
9,97
3,61 3,48 2,25
OUT/2011
JAN/2012
FEV/2012
MAR/2012
SET/2012
NOV/2012
2,251,6 3,63 3,9
4,37 5,29
6,57
9,53
6,64
5,64
7,3
4,66
29,8
3,95
u
Figura 7
Evolução do espaçamento médio