Revista Concreto & Construções - edição 79 - page 113

CONCRETO & Construções | 113
desempenho aproximado ao concreto
M3, com cimento ARI com 52,5 MPa de
resistência e com adição de 20% de es-
cória de alto forno. O concreto M1, com
cimento ARI, mesmo com relação a/c
de 0,40, apresentou desempenho bem
inferior aos demais concretos. Já o M2,
com 10% de micros-sílica, aproximou-
-se em desempenho do concreto T2,
com cimento CP IV – 32, sendo seu de-
sempenho inferior para graus de satura-
ção abaixo de aproximadamente 90%.
3. MEDIÇÕES DE GS
GUIMARÃES e HELENE (2007)
apresentam método para medição do
GS do concreto por gravimetria (Fig.
6a), sendo utilizado para monitoramen-
to de testemunhos de concreto para
pesquisa (testemunhos em rack) (Fig.
6b) ou para monitoramento de estrutu-
ras existentes (Fig. 7). A Fig. 8 apresen-
ta alguns valores de GS (GUIMARÃES e
RODRIGUES, 2010).
Observa-se que concretos de me-
lhor qualidade apresentam GS maiores
em relação a concretos mais pobres,
quando se compara concreto executa-
do com cimento pozolânico com con-
creto executado com cimento ARI de
mesmo traço (Fig. 8), para um mesmo
ambiente. O mesmo observaram RO-
DRIGUES e GUIMARÃES (2008) para
concretos utilizando o mesmo aglome-
rante, ou seja, quanto menor a relação
a/c, maior o GS. Possivelmente isso se
deve ao refinamento dos poros, reten-
do a umidade no interior do concreto
por mais tempo.
Concretos expostos a uma distância
maior da água do mar apresentam GS
menores, como pode ser observado na
Figura 8, comparando os testemunhos
PS expostos no pavilhão do TECON
(Fig. 7d) e Rack-Poz-L, que apresentam
características similares e foram exe-
cutados com cimento pozolânico CP
IV - 32. Os testemunhos PS expostos
no paramento do cais, junto ao ponto
de extração (Fig. 7a), apresentaram GS
menores que testemunhos PS expos-
tos no pavilhão, possivelmente devido à
grande movimentação de navios, fican-
do os testemunhos confinados junto ao
u
Tabela 1 – Dosagem dos concretos utilizados no estudo experimental
BANDEIRA et al. (2014)
Materiais
Unidade
M1
M2
M3
CP
CPHS CPEAH
Cimento CEM I 52,5 R (UNE-EM 197-1, 2000)
Kg/m³
400
320
320
Sílica Ativa (10% e K=2)
Kg/m³
0
40
0
Escória de alto forno (20% e K=1)
Kg/m³
0
0
80
SP (%) * superplastificante
% 1,5
1,5
1,1
Fator água/cimento**
0,40
0,45
0,45
(*) % referente ao peso do material cimentício; (**) M1=a/c, M2 e M3= a/(c+KF), onde F=adição.
u
Figura 5
Coeficiente de difusão em função do GS e tipo de cimento
(BANDEIRA et al.; 2014)
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
0
20
40
60
D (10
-6
. mm
2
/s)
GS (%)
80
100 120
M1
M2
M3
H2
T2
u
Figura 6
a) Medição de GS por Gravimetria, b) exposição de testemunhos em rack
a 1.200 m de distância da água do mar, no extremo sul do Brasil
(GUIMARÃES e HELENE, 2007)
a
b
1...,103,104,105,106,107,108,109,110,111,112 114,115,116,117,118,119,120,121,122,123,...132
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