Revista Concreto & Construções - edição 79 - page 111

CONCRETO & Construções | 111
2. MODELOS DE INFLUÊNCIA DO
GS NA DIFUSÃO DE CLORETOS
2.1 Cimento Portland pozolânico
e cimento de alta resistência
inicial
GUIMARÃES e HELENE (2007) mos-
tram a influência do GS na difusão de
cloretos em diversos traços de concreto
com cimento pozolânico. RODRIGUES
e GUIMARÃES (2008) utilizam concreto
com cimento de alta resistência inicial –
ARI, com adição de fábrica de 12% de
cinza volante, e apresentam modelo da
variação de D/Dmáx em função do GS
(Fig. 1), sendo D o coeficiente de difusão
para um GS e Dmáx o maior valor de co-
eficiente de difusão do concreto.
GUIMARÃES e HELENE (2007) uti-
lizam corpos de prova de argamassa
peneirada do concreto de aproximada-
mente 30 mm de diâmetro e 45 mm de
altura e tempo de cura de 6 meses no
mínimo. Os corpos de prova saturados
são mantidos parcialmente submersos
em recipiente hermeticamente fechado.
Os corpos de prova não saturados são
mantidos em sacos plásticos (no míni-
mo 2) com massa relativa à umidade
do GS desejado, sendo o excesso de
ar retirado e os sacos plásticos lacra-
dos. Após aproximadamente 30 dias,
os corpos de prova são contaminados
no topo com cloreto de sódio finamente
moído e novamente armazenados até
as idades de desgaste para obtenção
do perfil de cloretos.
O melhor desempenho do concreto
executado com cimento pozolânico em
relação ao cimento ARI, conforme Fig. 1,
é confirmado pelo ensaio de distribuição
de poros por intrusão de mercúrio (PIM),
apresentado na Fig. 2. Os concretos exe-
cutados com cimento pozolânico apre-
sentam um refinamento de poros, obten-
do valores de percentual de poros mais
interligados (D > Dcrit) bem inferiores aos
concretos executados com cimento ARI.
u
Figura 1
Variação do coeficiente de difusão em relação ao GS de concretos executados com cimento de alta resistência inicial
com adição de fábrica de 12% de cinza volante, com abatimento de 10±1 cm – H (RODRIGUES e GUIMARÃES, 2008)
e com cimento pozolânico - P (GUIMARÃES e HELENE, 2007)
0
2E-12
4E-12
6E-12
8E-12
1E-11
1,2E-11
1,4E-11
40,0
60,0
80,0
100,0
D - m
2
/s
GS - %
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
40,0
60,0
80,0
100,0
D/Dmax
GS - %
Traço/a/c
H1/0,54
H2/0,45
H3/0,63
P1/0,54
P2/0,45
P3/0,63
u
Figura 2
Distribuição de poros conforme ensaio de porosimetria por intrusão de
mercúrio – diâmetro crítico (Dcrit) de 106 nm, 110 nm e 110 nm,
respectivamente, para P1, P2 e P3(GUIMARÃES e HELENE, 2007);
e 141 nm 119 nm e 163 nm, respectivamente, para H1, H2 e H3
(RODRIGUES e GUIMARÃES, 2008)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
P1 P2 P3
GUIMARÃES e HELENE
(2007)
0%
20%
40%
60%
80%
100%
H1 H2 H3
RODRIGUES e GUIMARÃES (2008)
diam<50
50<diam<Dcrit
diam>Dcrit
1...,101,102,103,104,105,106,107,108,109,110 112,113,114,115,116,117,118,119,120,121,...132
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