CONCRETO & Construções | Ed. 94 | Abr – Jun • 2019 | 51
A superestrutura da ponte nova
apresentou somente danos relaciona-
dos ao parâmetro da durabilidade. Os
principais danos se concentraram nos
balanços laterais da laje, onde existem
diversos pontos de percolação de água
pela face inferior da mesma, devido
ao mau funcionamento de drenos e
pingadeiras. Essa exposição indevida
está causando, além de manchas es-
curas, a deterioração do concreto em
alguns pontos da laje. Verificou-se a
ocorrência de diversas fissuras de re-
tração na laje e nas faces laterais das
longarinas, que já foram recuperadas,
mas em alguns locais houve reincidên-
cia. Foi observado ainda o surgimento
de manchas de eflorescência na face
inferior de uma longarina. Os principais
danos identificados são mostrados na
Figura 10.
Os elementos da mesoestrutura
estavam em ótimas condições de con-
servação. A infraestrutura encontra-se
aparentemente em bom estado de
conservação, considerando que não há
nenhum sinal de recalque ou desloca-
mento de fundação em toda a ponte.
Foi detectado apenas um desgaste su-
perficial do concreto, devido à erosão,
nos blocos de fundação e na proteção
das estacas aparentes. A Figura 11
mostra a situação da infra e mesoestru-
tura da ponte nova.
5. ANÁLISE COMPARATIVA
DE DESEMPENHO
A Figura 12 mostra as notas técni-
cas atribuídas a cada ponte, de acor-
do com os critérios estabelecidos pela
norma ABNT NBR 9452 (2016).
Observa-se que a ponte reabilitada
obteve melhores notas nos parâmetros
estrutural e funcional, devido ao des-
nível existente na saída da ponte nova
e apresentou um desempenho inferior
somente no parâmetro da durabilidade.
De acordo com as classificações ob-
tidas, foram recomendadas ações de
médio prazo para correção das anoma-
lias que afetam a durabilidade da ponte
reabilitada e também para os defeitos
identificados na ponte nova.
6. CONCLUSÕES
Analisando os dados obtidos du-
rante as inspeções, verifica-se que a
u
Figura 10
Principais danos identificados na superestrutura. (a) Vista inferior do tabuleiro; (b) Concreto deteriorado na extremidade
lateral da laje, devido à falha na pingadeira; (c) Falha no funcionamento dos drenos; (d) Falha de concretagem na face inferior
da laje; (e) Fissuras de retração nas vigas principais, já recuperadas; (f) Manchas de infiltração e eflorescência na face inferior
de uma viga principal
(d)
(a)
(f)
(c)
(e)
(b)
