 
          CONCRETO & Construções  |  Ed. 94 |  Abr – Jun • 2019  |   57
        
        
          soltas (deve-se atentar para que a super-
        
        
          fície esteja limpa, isenta de poeira e gor-
        
        
          dura); (c) medição e corte das mantas
        
        
          de FRP de acordo com as dimensões
        
        
          requeridas (nesta etapa as mantas de-
        
        
          vem sem limpas e inspecionadas para
        
        
          que não haja nenhuma irregularidade);
        
        
          (d) aplicação de uma camada de
        
        
          primer
        
        
          para regularizar a superfície e melhorar
        
        
          a aderência entre o laminado ou man-
        
        
          ta de FRP e o substrato do concreto;
        
        
          (e) laminação da manta; (f) colagem
        
        
          das faixas de FRP com a resina epóxi,
        
        
          atentando para que as fibras fiquem ali-
        
        
          nhadas e isentas de bolhas de ar. Com
        
        
          relação à aplicação do sistema de re-
        
        
          forço, as recomendações do fabricante
        
        
          devem ser seguidas cuidadosamente,
        
        
          levando em consideração o preparo
        
        
          do substrato, as dosagens, o modo de
        
        
          mistura e aplicação.
        
        
          Apesar de a técnica de reforço EBR
        
        
          ser bastante consagrada, de prática
        
        
          simples e de fácil aplicação, proporcio-
        
        
          nando incrementos consideráveis no
        
        
          desempenho estrutural dos elementos
        
        
          reforçados, alguns pontos negativos
        
        
          devem ser levados em consideração.
        
        
          O primeiro diz respeito ao nível de
        
        
          aproveitamento do sistema de reforço.
        
        
          Geralmente, elementos externamen-
        
        
          te reforçados com o uso da técnica
        
        
          EBR apresentam modos de ruptura
        
        
          prematuros devido ao descolamento
        
        
          do sistema de reforço. Outro agravan-
        
        
          te do modo de ruptura prematuro está
        
        
          associado à sua fragilidade, que ocor-
        
        
          re bruscamente sem aviso prévio para
        
        
          elevadas deformações.
        
        
          O segundo ponto negativo da téc-
        
        
          nica EBR está relacionado ao fato de
        
        
          todo o sistema ficar localizado na parte
        
        
          externa do elemento reforçado, sus-
        
        
          cetível a diversas situações de agres-
        
        
          sividade ambiental, como incêndios,
        
        
          variação de temperatura, radiação ul-
        
        
          travioleta, umidade e vandalismo. Essa
        
        
          exposição pode degradar o FRP e re-
        
        
          duzir consideravelmente a vida útil da
        
        
          estrutura reforçada.
        
        
          
            3.2 Técnica de reforço NSM
          
        
        
          Trata-se de uma técnica com um
        
        
          menor número de intervenções de re-
        
        
          forço. Essa técnica baseia-se principal-
        
        
          mente na inserção do material de refor-
        
        
          ço em entalhes abertos no concreto de
        
        
          cobrimento. Os passos para aplicação
        
        
          desse sistema de reforço, apresenta-
        
        
          dos na Figura 6, são: (a) abertura de
        
        
          entalhes no concreto de cobrimento
        
        
          do elemento a reforçar e limpeza dos
        
        
          u
        
        
          
            Figura 6
          
        
        
          Procedimentos utilizados no reforço das vigas de concreto armado segundo a técnica NSM
        
        
          (a)
        
        
          (d)
        
        
          (c)
        
        
          (f)
        
        
          (b)
        
        
          (e)