 
          CONCRETO & Construções  |  Ed. 94 |  Abr – Jun • 2019  |   41
        
        
          especialmente na junta e no eixo
        
        
          do bloco principal, mas também
        
        
          em cada uma das transversinas
        
        
          do vão que cedeu e no meio do
        
        
          vão vizinho.
        
        
          Apresenta-se nas Figuras 9 e 10
        
        
          a situação no viaduto antes e após o
        
        
          macaqueamento.
        
        
          3.2.2 R
        
        
          econstrução da
        
        
          lingueta rompida
        
        
          e novos
        
        
          aparelhos
        
        
          de
        
        
          apoio
        
        
          A reconstrução da lingueta sobre
        
        
          o pilar 9 foi feita com concretagem em
        
        
          três faixas horizontais, com concreto
        
        
          com aditivos retardadores de pega e
        
        
          superplastificante, relação água/cimen-
        
        
          to, uso de metacaulim e controle de
        
        
          temperatura do concreto, com máxima
        
        
          de 42 graus (uso de água gelada). A
        
        
          cura da peça foi cuidadosa.
        
        
          A concretagem foi feita por cima
        
        
          da lingueta, através de duas chaminés
        
        
          que saiam de dentro das duas células
        
        
          do caixão.
        
        
          3.2.3 R
        
        
          ecuperação
        
        
          e
        
        
          reforço
        
        
          da
        
        
          seção
        
        
          rompida
        
        
          O reforço da seção danificada, que te-
        
        
          ria atingido alongamento de 10 por mil na
        
        
          fibra superior e encurtamento de 4 por mil
        
        
          na inferior, a ponto de romper a laje de fun-
        
        
          do entre as 3 almas, era a atividade mais
        
        
          importante na recuperação do viaduto.
        
        
          Logo se percebeu que não era pos-
        
        
          sível reforçá-la antes de aliviar essas
        
        
          deformações e as tensões correspon-
        
        
          dentes. Agir impensadamente e iniciar
        
        
          o reforço antes do macaqueamento
        
        
          reduziria a recuperação dos alonga-
        
        
          mentos da armadura superior e, prin-
        
        
          cipalmente, reduziria o alívio das com-
        
        
          pressões no talão das almas que tinha
        
        
          sido muito comprimido (até 4 por mil de
        
        
          deformação). A preocupação com os
        
        
          talões era tanta que gerou os ensaios
        
        
          com tomografia que, felizmente, con-
        
        
          cluiu pela integridade deles.
        
        
          Não se obteve o alívio total, mas o
        
        
          momento de 8.200  tf · m, da situação
        
        
          do acidente, caiu para 1.560 tf · m ao fi-
        
        
          nal do macaqueameto, quando teve iní-
        
        
          cio a recuperação da seção danificada
        
        
          (Figs. 12-13).
        
        
          Essa perda de metade da laje de
        
        
          fundo após o recalque do viaduto foi
        
        
          admitida a partir de retroanálise da si-
        
        
          tuação rompida e da operação de ali-
        
        
          vio gerada pelo macaqueamento com
        
        
          todas as suas medições (Fig. 14). A
        
        
          instrumentação dessa seção permitiu
        
        
          medir todo esse alívio pela medida di-
        
        
          reta das deformações dos dois pontos
        
        
          junto à laje superior e inferior.
        
        
          Assim, tanto armadura quanto con-
        
        
          creto foram adicionados à seção da-
        
        
          nificada, com deformações pequenas,
        
        
          u
        
        
          
            Figura 8
          
        
        
          LVDT instalado em fissura na alma do caixão e ao lado laje de fundo rompida
        
        
          u
        
        
          
            Figura 9
          
        
        
          Desnível no viaduto T5 antes
        
        
          do macaqueamento
        
        
          u
        
        
          
            Figura 10
          
        
        
          Viaduto T5 após
        
        
          o macaqueamento
        
        
          u
        
        
          
            Figura 11
          
        
        
          Foto da lingueta reconstruída
        
        
          sobre o P9, mostrando as duas
        
        
          chaminés saindo da laje de fundo
        
        
          e entrando por cima na lingueta