CONCRETO & Construções | Ed. 94 | Abr – Jun • 2019 | 35
A abrangência desta ação atingiu com
êxito os proprietários e administradores
de infraestrutura, órgãos de normaliza-
ção, comunidade científica, engenheiros
atuantes e outros profissionais nos 37
países europeus integrantes. Ela busca,
atualmente, sua difusão internacional
através de workshops, conferências, dis-
ponibilização de artigos e relatórios, além
das escolas de treinamento (
COST AC-
TION TU1406, 2019
). A primeira divulga-
ção do programa no Brasil será realizada
no 61º Congresso Brasileiro do Concre-
to, evento técnico-científico promovido
pelo IBRACON que acontecerá nos dias
15 a 18 de outubro deste ano, em For-
taleza. Serão realizadas palestra e curso
sobre especificações de qualidade para
pontes rodoviárias e sua normalização
em nível europeu, ministrados pelo Prof.
Dr. José Campos e Matos, membro da
ISISE, Universidade do Minho – Portu-
gal,
chairman
da
COST ACTION 1406
e
presidente da Associação Europeia para
Controle deQualidade de Infraestruturas –
EUROSTRUCT
. As atividades serão co-
ordenadas pelo Prof. Dr. Túlio Nogueira
Bittencourt da USP – São Paulo e diretor
de relações institucionais do IBRACON.
4. IMPLEMENTAÇÃO NACIONAL
DOS BMS
Os desafios brasileiros estão presen-
tes nas diversas etapas do processo de
gestão que precedem a implementação
do BMS. Atualmente, as inspeções em
pontes no Brasil seguem diferentes me-
todologias, não dispondo de uma base
comum de registro. A revisão pela As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas
em 2016 da norma ABNT NBR 9452, de
inspeções de pontes, viadutos e passa-
relas de concreto, traz vários progressos
ao setor. Como exemplo: relacionar o IC
a critérios específicos de condição das
pontes, o que contribui nas inspeções
para a redução da subjetividade existente
na análise do estado dessas obras. Além
das padronizações propostas pela norma,
foram criadas importantes qualificações,
distinguindo critérios estruturais, funcionais
e de durabilidade. Outro relevante avanço
é a criação da norma ABNT NBR16.230,
em 2013, para a qualificação e certifica-
ção de pessoal para inspeções de estru-
turas de concreto, possivelmente influen-
ciando na qualidade dos apontamentos e
padronização dos procedimentos.
Responsável pela administração di-
reta das rodovias federais brasileiras, o
Departamento Nacional de Infraestrutu-
ra em Transportes (DNIT) aprimorou seu
Sistema de Gestão de Obras de Arte Es-
peciais (SGO), implementando uma mo-
derna plataforma para o registro dos da-
dos de inspeções cadastrais e de rotina.
Desde 2013, a Autarquia realiza extenso
inventário de pontes sob sua jurisdição,
seguindo conceitos modernos de inspe-
ção em nível de elemento. Foram defini-
dos itens padronizados para classifica-
ção dos componentes, bem como dos
seus danos particulares, associados com
campos de registro no software. Criado
com capacidade de expansão dos seus
módulos, atualmente o SGO caminha
para o desenvolvimento do módulo de
custos e de deterioração.
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Figura 6
Janela do software BrM versão 5.2.3 com resultados de análise final
Fonte:
AASHTO, 2017
