Revista Concreto & Construções - edição 80 - page 107

CONCRETO & Construções | 107
Na figura 1, observa-se um
exemplo de uma curva de degrada-
ção de uma obra comum, assina-
lando-se o momento de uma inter-
venção técnica.
É importante ressaltar que, ape-
sar do exemplo apresentado na Fi-
gura 1 representar a degradação
normal de uma estrutura, defeitos
de projeto ou execução podem
gerar um gráfico que não tenha
como ponto da partida o encontro
das abscissas com as ordenadas,
ou então apresente deformações
abruptas, devido a acidentes du-
rante sua vida útil.
Nessa classificação, pode-se
verificar que no Nível 0, a estrutura
vistoriada não deve apresentar:
u
fissuração acima do prescrito na
ABNT NBR 6118 – Projeto de
estruturas de concreto – Pro-
cedimento, considerando-se a
Classe de Agressividade Am-
biental em que se insere a es-
trutura ou elemento estrutural
analisado;
u
deformação sob carga superior
ao prescrito também na ABNT
NBR 6118;
u
desvios de geometria superio-
res aos prescritos na ABNT NBR
14931 – Execução de estruturas
de concreto – Procedimento;
u
fissuração anômala de qualquer
amplitude;
u
lixiviação de hidróxido de cálcio;
u
corrosão da armadura;
u
desagregação superficial do
concreto.
Um exemplo de estrutura situada
no Nível 0 pode ser visto na figura 2.
Em relação ao Nível 0, no Nível 1
a estrutura pode apresentar:
u
carbonatação superficial (por
não apresentar sinais visíveis,
a carbonatação pode ser verifi-
cada pela simples aspersão de
uma solução de fenolftaleína so-
bre o concreto, verificando-se
a mudança de cor do material
não carbonatado, e medida da
espessura de carbonatação com
o auxílio de uma régua ou paquí-
metro);
u
lixiviação de hidróxido de cálcio;
u
corrosão da armadura em pon-
tos localizados, sem fissuração
correlata.
Um exemplo de estrutura no Ní-
vel 1 pode ser visto na figura 3.
Em relação ao Nível 1, no Nível 2 a es-
trutura pode apresentar adicionalmente:
u
fissuração acima do prescrito na
u
Figura 1
Representação gráfica genérica da relação degradação/tempo, onde é
assinalado o limite de desempenho da estrutura, ainda no Nível 2, e o
momento da intervenção programada, sempre no limite superior do
Nível 1. (Autor: Ferreira, J. B.)
u
Figura 2
Exemplo de estrutura no Nível 0, onde não se verificam manifestações
patológicas significativas. (Foto: Ferreira. J. B.)
1...,97,98,99,100,101,102,103,104,105,106 108,109,110,111,112,113,114,115,116,117,...164
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