104 | CONCRETO & Construções
Assim como nos dois anos anterio-
res, a sondagem incluiu perguntas rela-
cionadas aos investimentos realizados
pelas empresas no ano corrente (2015)
e à intenção de investir em 2016. Dessa
vez, foram introduzidas questões para
captar a percepção das empresas em
relação ao desempenho da produção
em 2015, assim como as expectativas
em relação a 2016. A percepção domi-
nante é de que houve queda em 2015:
30% das empresas indicaram redução
na produção, enquanto para 12,5%
houve aumento.
Com a queda na produção, os pla-
nos de investimentos se alteraram. De
fato, houve uma mudança significativa
na comparação com as intenções indi-
cadas na pesquisa realizada em 2014.
O mesmo percentual de empresas
apontou elevação e redução dos in-
vestimentos em capital fixo, portanto, o
saldo foi zero, o que significa que não
deve ter ocorrido aumento dos investi-
mentos para o conjunto das empresas
em 2015. Na pesquisa realizada no ano
anterior, mais empresas apontavam in-
tenção de elevar seus investimentos,
resultando em uma diferença positiva
de 15,5 pontos percentuais.
Essa deterioração foi generalizada
entre os diversos setores da economia,
tendo atingindo mais fortemente a in-
dústria de transformação. A sondagem
da FGV realizada no 3º trimestre de
2015 apontou que um maior número
de empresas indicou ter diminuído seus
investimentos nos últimos 12 meses –
saldo negativo foi 11 pontos percentu-
ais. Entre as empresas da indústria de
materiais de construção pesquisadas
essa diferença foi ainda maior, de 20
pontos percentuais.
Os investimentos das empresas de
pré-fabricados foram realizados princi-
palmente na aquisição de equipamen-
tos para produção (58,3%), seguidos
pela ampliação da área de produção
(38,9%), ampliação da área de estoca-
gem (33,3%) e ampliação de galpões
e obras civis (30,6%). As empresas
atribuíram as dificuldades de investir
principalmente às incertezas da política
econômica, mas também teve desta-
que o baixo patamar da atividade da
construção e, portanto, da demanda
por produtos do setor.
A despeito dessas incertezas, um
maior número de empresas de pré-
-fabricados ainda espera aumento da
produção em 2016. A diferença entre
as que esperam aumentar ou aumen-
tar muito e as que acreditam que a
produção vai cair ou cair muito é po-
sitiva, embora pequena – de 5 pontos
percentuais.
No entanto, no que diz respeito aos
investimentos, um maior número assina-
lou intenção de reduzi-los em 2016: dife-
rença de – 17,5 pontos percentuais. Na
sondagem da indústria transformação
realizada em outubro, a intenção de re-
duzir os investimentos nos próximos 12
meses superou a de elevar em 14 pontos
percentuais. Na indústria de materiais, a
diferença foi 13 pontos percentuais em
favor das empresas que reduziram seus
investimentos.
A íntegra da sondagem está pu-
blicada no Anuário Abcic 2015, que
inclui ainda outros temas relevantes
como as atividades institucionais da
entidade, as tendências internacionais
e cases de aplicação das estruturas
pré-fabricadas.
u
Tabela 1 – Ranking por tipo de obra
2012
2013
2014
2015
1. Indústrias
1. Indústrias
1. Shopping Centers
1. Shopping Centers
2. Varejo
2. Shopping Centers
2. Indústrias
2. Indústrias
3. Shopping Centers
3. Centros de Distribuição e Logística 3. Infraestrutura e Obras Especiais
3. Varejo
4. Centros de Distribuição e Logística 4. Infraestrutura e Obras Especiais 4. Centros de Distribuição e Logística
4. Edifícios Comerciais
5. Infraestrutura e Obras Especiais
5. Varejo
5. Edifícios Comerciais
5. Centros de Distribuição e Logística
6. Habitacional
6. Edifícios Comerciais
6. Varejo
6. Infraestrutura e Obras Especiais
7. Edifícios Comerciais
7. Habitacional
7. Habitacional
7. Habitacional
Fonte:
FGV / IBRE