Revista Concreto & Construções - edição 80 - page 113

CONCRETO & Construções | 113
ponte é curva e em elevação, com
superestrutura em viga contínua em
concreto armado (f
ck
= 20 MPa),
sustentada por seis pares de pila-
res (f
ck
= 18 MPa), sendo os vãos
de comprimento variável em 20 m,
26 m e 30 m. Nas regiões próximas
aos apoios, as vigas tem sua largura
alargada, chegando a 100 cm sobre
os apoios. Os aparelhos de apoio
são em elastômero fretado. O tabu-
leiro é em laje contínua solidarizada
às vigas. Cada extremidade da es-
trutura apresenta encontro com laje
de transição. O eixo longitudinal da
ponte possui declividade de 5,9%
no sentido Belo Horizonte – São
Paulo. A Figura 2 mostra uma vista
longitudinal da ponte enquanto que
a seção transversal típica do meio
de vão pode ser vista na Figura 1.
3.2 Análise dos dados
de monitoramento
Em outubro de 2011 esta ponte
foi instrumentada de maneira a re-
alizar uma avaliação estrutural mais
completa. Nesta instrumentação
foram realizados ensaios com trá-
fego controlado (através de um veí-
culo de teste) e tráfego livre. Foram
empregados sensores de defor-
mações, deslocamentos e acele-
rações, no entanto, neste estudo
foram considerados apenas os re-
sultados de deformação. Algumas
seções transversais da ponte foram
instrumentadas com extensômetros
elétricos para a medição de defor-
mações em alguns pontos. Estes
extensômetros foram instalados em
três pontos ao longo da altura das
duas vigas longarinas da ponte. A
Figura 3 ilustra o posicionamento
dos sensores nas seções.
Considerando
d
como a distân-
cia entre os sensores de deformação
instalados nas extremidades superior
e inferior da seção, os valores de cur-
vatura podem ser calculados em fun-
ção das deformações nestes pontos
(
e
sup
,
e
inf
) de acordo com a eq. 7.
[7]
O extensômetro localizado na re-
gião intermediária da viga é redun-
dante e também foi utilizado para
validar a hipótese de que a seção
permanece plana durante o carrega-
mento da estrutura. A Figura 4 mos-
tra os sinais de deformação para a
viga S1-A durante a passagem de
um veículo e o perfil de deformações
no instante de deformação máxima
da armadura. O perfil deixa claro
que a hipótese de permanência da
seção plana durante o carregamen-
to é de fato válida.
Desta forma, utilizando a eq. 7
e os dados coletados durante 30
horas de trafego livre sobre a pon-
te, foi possível detectar os picos de
u
Figura 2
Corte longitudinal da ponte sobre o rio Jaguari
u
Figura 3
Seções analisadas e localização dos extensômetros
1...,103,104,105,106,107,108,109,110,111,112 114,115,116,117,118,119,120,121,122,123,...164
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