Revista Concreto & Construções - edição 80 - page 103

CONCRETO & Construções | 103
de uma correlação direta entre o volu-
me produzido e a capacidade instala-
da do segmento.
No que diz respeito ao porte por
empregados, predominam as empre-
sas de tamanho médio: 29% das in-
dústrias de pré-fabricados possuíam
até 100 empregados, 61% registravam
entre 101 a 500 trabalhadores, e 10%
contavam com mais de 500 emprega-
dos. Em relação à produção, houve au-
mento nas duas pontas: o percentual
de empresas com produção de até 10
mil m
3
passou de 39%, em 2013, para
41% no fim de 2014, e o percentual
com produção superior a 100,1 mil m
3
alcançou 7,7% (Gráfico 1).
APORTE TECNOLÓGICO
O levantamento realizado pela FGV
também constatou que, em 2014, as
empresas de pré-fabricados consu-
miram 379,3 mil toneladas de cimen-
to e 131,2 mil toneladas de aço. Pelo
segundo ano consecutivo, o consumo
de cimento caiu (– 10,7%), enquanto o
consumo de aço registrou crescimento
de 12,6%. Como a produção total de
pré-fabricados se reduziu, esse movi-
mento indica mudança tecnológica ou
de perfil da produção favorecendo a
demanda de aço. Prevaleceu a mudan-
ça tecnológica. De fato, em relação ao
ano de 2013, a produção de concreto
armado, que utiliza mais aço, aumen-
tou, passando de 40,5% para 44,9%.
De todo modo, vale destacar que o
concreto protendido continua a repre-
sentar a maior parcela da produção.
Na comparação com 2013, cresce-
ram as sinalizações de uso do concreto
auto-adensável – passou de 58,1% para
66,7%. No que diz respeito à plataforma
BIM (Building Information Modeling), em
2014 observou-se uma mudança mar-
cante em relação ao ano anterior: o per-
centual de empresas que não conhece
a ferramenta caiu de 20,9% para 4,9%.
Vale destacar também o aumento das si-
nalizações das empresas que conhecem
e já implantaram ou que pretendem fazê-
-lo nos próximos dois anos, que passou
de 43,5% para 63,4%.
Em 2014 o percentual de empresas
que indicou produzir exclusivamente o
concreto protendido retrocedeu para
9,4% (Gráfico 2). Em 2011, nenhuma
empresa assinalou produzir apenas esse
tipo de concreto, percentual que chegou
a 8% em 2012 e passou para 11,8%
em 2013. Por sua vez, o percentual de
empresas com produção integral dedi-
cada ao concreto armado continua se
reduzindo a cada ano: era de 26% em
2011, passou para 22% em 2012, para
20% em 2013 e 18,4% em 2014 (Gráfico
3). Por outro lado, vale notar que a ampla
maioria das empresas, 82,9% não pro-
duz estrutura metálica. Em 2013, esse
percentual era de 77%.
RANKING DIVERSIFICADO
DE OBRAS
Em relação à demanda, em 2015
shoppings e indústrias se mantiveram
como os principais destinos das vendas
do setor: os shoppings aumentaram sua
participação, passando de 20,3% no
ano passado para 30,1% (Tabela 1). O
segmento de infraestrutura, que vinha
crescendo, voltou a cair várias posições
e, em 2015, representou apenas 8,4%
da demanda das indústrias de pré-fa-
bricados – em 2014, essa participação
alcançou 14,3%. A área de varejo ga-
nhou várias posições e se colocou em
terceiro lugar, com 11,9%, atrás de sho-
pping e indústrias. Na sequência, vem
centros de distribuição e logística, com
10,9% de participação. Por sua vez, o
segmento habitacional se manteve com
a menor participação (5,3%).
u
Gráfico 2
Distribuição da produção – concreto protendido
Fonte:
FGV / IBRE
u
Gráfico 3
Distribuição da produção – concreto armado
Fonte:
FGV / IBRE
1...,93,94,95,96,97,98,99,100,101,102 104,105,106,107,108,109,110,111,112,113,...164
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