Revista Concreto & Construções - edição 92 - page 54

54 | CONCRETO & Construções | Ed. 93 | Jan – Mar • 2019
efetuar a comparação entre a superfície
real e o modelo matemático foi o
laser
scanner
(
FARO
®
Laser Scanner Fo-
cus3D
X 130
). O
laser scanner
coleta-
va uma nuvem de pontos coordenados
da superfície do concreto (em torno de
1,5 milhão de pontos) e transformava
esta nuvem em uma imagem de mes-
ma linguagem que o modelo matemá-
tico. A imagem real e a virtual eram
sobrepostas, resultando em um mapa
de cores que possibilitava a análise de
divergências (Fig. 6). Os intervalos de
comparação foram estabelecidos den-
tro dos seguintes limites:
u
Divergências encontradas com
variações de imagens abaixo de
±1mm recebiam cor verde;
u
Divergências acima de ±1mm e
abaixo de ±5mm recebiam a cor
amarela;
u
Valores acima de ±5mm a cor
vermelha.
Cada processamento de imagem
demandou de 3 a 9 horas, dependen-
do da complexidade da superfície da
peça, gerando um documento exten-
so contendo informações, gráficos,
histogramas de desvios e filtros de
imagens, que passava pela aprova-
ção de um time de avaliação no Bra-
sil e Alemanha. Não foram permitidos
quaisquer retrabalhos posteriores à
produção na superfície das peças.
Se não validado o relatório, um novo
escaneamento era realizado e, per-
durando o resultado negativo, a peça
era descartada.
A empresa responsável pela fa-
bricação inseriu uma nova etapa no
processo quando comparado ao pro-
cesso original germânico. Foi intro-
duzido o escaneamento do molde de
EPS antes da etapa de concretagem,
verificando que durante o processo
de usinagem, transporte e manuseio,
nada tivesse afetado a superfície. Os
processos de escaneamento e valida-
ção foram empregados em 100% das
peças fabricadas.
Após o processo de validação,
cada peça era posicionada em uma
área com aparatos de estocagem que
promoviam um distanciamento entre
as peças, visando impossibilitar qual-
quer tipo de impacto na superfície.
6. TRANSPORTE DAS PLACAS
COM CARRETA TIPO
IN LOADER
O transporte até o canteiro de
obras percorria um trajeto de 142 qui-
lômetros. A operação em veículo de
carga comum (carretas) demandaria
o transporte das placas na posição
horizontal. Entretanto, em razão da
largura de 3,70m, isso exigiria a con-
cessão de licenças especiais para
trânsito com excesso lateral, uso
de frota de batedores e escolta da
u
Figura 6
Escaneamento da fôrma de EPS; escaneamento da placa concretada e relatório de mapa de cores do comparativo
da superfície real com o modelo matemático
u
Figura 7
Sequência de carga das peças, saída da carga da fábrica e chegada da peça no canteiro
1...,44,45,46,47,48,49,50,51,52,53 55,56,57,58,59,60,61,62,63,64,...88
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