Revista Concreto & Construções - edição 80 - page 88

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as longarinas essa verificação é in-
dispensável, visto que através desse
método é possível verificar diferentes
situações e solicitações presentes ao
longo da vida útil da estrutura.
L
ajes
As lajes componentes do tabulei-
ro possuem tensões decorrentes de
esforços de flexão devido as defor-
mações das longarinas subjacentes,
e de torção, devido a deformação
dos apoios assimétricos, possuindo
tendência a se adequar as defor-
mações dos elementos de apoio do
mesmo. Esse tipo de análise só é
possível graças a análise do modelo
completo que contempla as interfe-
rências entre os elementos.
As verificações e o cálculo das
amaduras foram realizados para o
trecho mais solicitado da laje. As re-
giões mais tensionadas no sentido
longitudinal e sentido transversal po-
dem ser observadas nas figuras 6 e
7, respectivamente.
L
ongarinas
As longarinas são elementos de
característica linear, sendo sua aná-
lise feita por uma modelagem aproxi-
mada no modelo, onde é considera-
do um elemento de barra e por uma
análise completa com a considera-
ção de elementos de área. O cálculo
das armaduras se faz com base nas
seções mais solicitadas.
No modelo isolado, o dimensio-
namento das longarinas considera os
carregamentos por ocasiões cons-
trutivas e de transporte, e a principal
consideração se faz com o peso pró-
prio e as tensões de protensão. As
tensões finais obtidas nesse modelo
são analisadas em conjunto com as
tensões geradas pelos carregamen-
tos do modelo completo.
P
ilar
e
travessa
central
A grande complexidade do mo-
delo surge devido à configuração
geométrica dos apoios centrais, os
apoios constituídos por travessa ex-
cêntrica ao pilar são alternados as-
simetricamente em quatro pontos.
Isso conduz a fortes tensões de tor-
ção em todo o tabuleiro.
Para o dimensionamento dessa
peça estrutural analisou-se 19 seções
adotadas por critérios geométricos,
conforme pode ser observado na figura
12. A análise do modelo isolado se faz
necessário para identificar o compor-
tamento de cada peça, sendo assim,
com a análise do modelo completo, o
comportamento da estrutura trabalhan-
do em situação de serviço é analisado
com a envoltória de carregamento no
elemento e verificado as condições de
segurança em cada seção.
u
Figura 6
Vista em elevação da estrutura e planta do tabuleiro (NÉIA et al. (2013))
u
Figura 7
Esforço longitudinal no trecho mais solicitado (NÉIA et al. (2013))
1...,78,79,80,81,82,83,84,85,86,87 89,90,91,92,93,94,95,96,97,98,...164
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