CONCRETO & Construções | Ed. 90 | Abr – Jun • 2018 | 97
Onde,
E
a
, E
p
= módulos de elasticidade da pa-
rede de alvenaria e pórtico;
H, L = altura e comprimento da parede
de alvenaria participante;
t
ap
= duas vezes a soma da espessu-
ra das paredes longitudinais do bloco
vazado não totalmente grauteado ou
a espessura da parede para o tijolo ou
bloco vazado totalmente grauteado;
I
p
, I
v
= momentos de inércia do pilar e
da viga do pórtico, respectivamente;
θ
= tan
-1
(H/L), graus.
Na Figura 4 pode-se identificar grafi-
camente as incógnitas citadas. A largura
da diagonal comprimida efetiva, w
ℯƒƒ
,
para o cálculo da resistência à compres-
são da diagonal comprimida, deve ser
tomada como w/2 e não pode exceder
um quarto do comprimento da diagonal.
A rigidez da diagonal comprimida
efetiva utilizada nos cálculos dos esfor-
ços e deslocamentos é calculada pela
Equação 4.
4
Onde,
l
s
= o comprimento da diagonal
comprimida;
f
st
= fator a ter em conta a redução de
rigidez tomado como 0,5.
A altura efetiva da diagonal compri-
mida para efeitos de esbeltez deve ser
considerada igual ao comprimento de
projeto da diagonal, l
s
, diminuído de w/2.
3. CONSIDERANDO A
ALVENARIA PARTICIPANTE
Para melhor compreender a pro-
posta de norma, é apresentado,
a seguir, um exemplo de como se
deve analisar a rigidez de um pór-
tico com alvenaria participante e o
dimensionamento desta parede de
preenchimento. O pórtico tem as di-
mensões conforme a Figura 5, a pa-
rede foi executada com blocos va-
zados de concreto de 19 x 39cm e
f
bk
= 8MPa, argamassa f
a
= 6MPa,
concreto f
ck
= 25MPa.
Primeiro, identifica-se as proprieda-
des físicas e geométricas da parede e
pórtico:
H = 300 cm
L = 400 cm
E
a
= 4800 MPa (considerando 800.f
pk
)
E
p
= 28000 MPa
t
ap
= 10 cm [2x(2,5+2,5)]
I
p
, I
v
= 20(40)
3
/12 = 106,67.10
3
cm
4
θ
= tan
-1
(3/4) = 36,87º
Os comprimentos de contato horizontal
e vertical são calculados:
Os comprimentos de contato hori-
zontal e vertical são calculados.
5
6
A largura da diagonal comprimida
efetiva deve ser tomada:
7
Não podendo exceder um quarto
do comprimento, ou seja, l/4.
8
Logo, este será o valor adotado.
3.1 Aumento da rigidez do pórtico
com alvenaria participante
Considerando um programa de análi-
se estrutural de pórtico plano, levando em
conta a diagonal birrotulada com largura de
125cm e espessura de 10cm, e as demais
propriedades das vigas e pilares e domate-
rial concreto e alvenaria, pode-se comparar
a rigidez do pórtico com e sem a alvenaria
participante (Figura 6). Os resultados dessa
análise, para uma força horizontal no topo
adotada igual a 10kN, são:
u
Pórtico não preenchido, d
h
=
0,72mm, k = P/
δ
= 10/0,72 =
13,88kN/mm;
u
Figura 3
Posição sugerida da força
diagonal resultante para
dimensionamento dos pilares
u
Figura 4
Modelo da diagonal comprimida
em alvenaria participante
u
Figura 5
Pórtico com alvenaria
participante (dimensões em cm)