88  |  CONCRETO & Construções  |  Ed. 90  |  Abr – Jun • 2018
        
        
          utilizando transdutores de desloca-
        
        
          mento (LVDT) e termopares do tipo
        
        
          K. A distribuição dos pontos de me-
        
        
          dição de temperatura máxima é defi-
        
        
          nida na norma, de forma a obter os
        
        
          valores de temperatura nas singula-
        
        
          ridades do corpo de prova, como o
        
        
          topo do corpo de prova (pontos a),
        
        
          juntas de assentamento (pontos e e
        
        
          f), ou laterais (pontos d). É também
        
        
          medida a temperatura média do cor-
        
        
          po de prova, usando para esse efei-
        
        
          to 5 termopares, dispostos em X em
        
        
          relação aos cantos do corpo de prova,
        
        
          tendo sempre em atenção que área de
        
        
          influência de cada um destes termopa-
        
        
          res tem de ser inferior a 1 m
        
        
          2
        
        
          . Os des-
        
        
          locamentos verticais foram medidos na
        
        
          viga de distribuição de carga colocada
        
        
          por cima do corpo de prova, a 50 mm
        
        
          dos seus extremos.
        
        
          
            2.2 Corpos de prova
          
        
        
          O programa experimental foi
        
        
          composto por seis paredes de alve-
        
        
          naria estrutural de concreto, cons-
        
        
          truídas de acordo com a EN 1365-1
        
        
          [10] e EN 1363-1 [11]. Estas normas
        
        
          indicam que os corpos de prova
        
        
          devem ser representativos dos ele-
        
        
          mentos construtivos reais, tanto nos
        
        
          materiais como no método constru-
        
        
          tivo. Os corpos de prova devem ser
        
        
          normalmente ensaiados em tamanho
        
        
          natural, mas caso não se consiga
        
        
          ensaiar nessas dimensões, o siste-
        
        
          ma de ensaio deve ser adaptado à
        
        
          dimensão dos corpos de prova.
        
        
          As unidades de alvenaria usa-
        
        
          das nesta investigação foram as de
        
        
          três células em concreto similares às
        
        
          usadas por Haach [7] (Fig. 2). Nes-
        
        
          tes ensaios as unidades de alvenaria
        
        
          tinham dimensões à escala 1:2, de-
        
        
          vido às limitações de carga máxima
        
        
          do sistema de aplicação de cargas
        
        
          existente no laboratório. Um esque-
        
        
          ma e foto dessas alvenarias encon-
        
        
          tra-se na Figura 2 e as suas dimen-
        
        
          sões apresentadas na Tabela 1. De
        
        
          acordo com a classificação proposta
        
        
          pela EN 1996-1.1 [8], essas unida-
        
        
          des de alvenaria pertencem ao grupo
        
        
          2, devido à percentagem, dimensão
        
        
          e orientação dos alvéolos.
        
        
          Os corpos de prova eram com-
        
        
          postos por 7 unidades em compri-
        
        
          mento (total de 1,40 m) e 10 fiadas
        
        
          em altura, com juntas horizontais
        
        
          de argamassa de 7 mm (altura to-
        
        
          tal de 1,00 m) (Fig. 3). A argamas-
        
        
          sa utilizada nas juntas horizontais
        
        
          era comercial do tipo M10, da Secil
        
        
          u
        
        
          
            Figura 2
          
        
        
          Unidades de alvenaria: a) foto dos blocos à escala reduzida; b) desenho do bloco; c) desenho do meio-bloco
        
        
          (Haach 2009)
        
        
          
            b
          
        
        
          
            c
          
        
        
          
            a
          
        
        
          u
        
        
          
            Tabela 1 – Caraterísticas geométricas das unidades de alvenaria (Haach, 2009)
          
        
        
          X
        
        
          (mm)
        
        
          Y
        
        
          (mm)
        
        
          Z
        
        
          (mm)
        
        
          a
        
        
          (mm)
        
        
          b
        
        
          (mm)
        
        
          Área de
        
        
          bloco
        
        
          (cm
        
        
          2
        
        
          )
        
        
          Área de
        
        
          furação
        
        
          (cm
        
        
          2
        
        
          )
        
        
          Percentagem
        
        
          de furação
        
        
          (%)
        
        
          Bloco
        
        
          201
        
        
          100
        
        
          93
        
        
          16
        
        
          14
        
        
          110,14
        
        
          93,92
        
        
          46
        
        
          Meio-bloco
        
        
          101
        
        
          100
        
        
          93
        
        
          16
        
        
          –
        
        
          57,20
        
        
          46,10
        
        
          45