Revista Concreto & Construções - edição 82 - page 42

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de 17m, sendo 10m nos vãos 2 e 4
e 7m no vão 3. Também nesse tre-
cho de acréscimo de altura nota-se a
inexistência de vazios na seção trans-
versal, ou seja, essa torna-se maciça
(Figuras 5 e 6).
3. ACIDENTE E DANOS
À ESTRUTURA
O vão 3, por estar diretamente so-
bre o local do acidente, sofreu danos
mais intensos. Nessa região nota-se
a perda de toda a fibra de carbono
que estava implantada na face inferior
dos viadutos. Também nota-se perda
de uma camada de concreto e expo-
sição de armaduras passivas (barras
CA-50) e ativas (protensões). Já nos
vãos 2 e 4 nota-se somente a presen-
ça de fuligem decorrente do incêndio
e desprendimento de algumas fitas
das fibras de carbono.
Na Figura 7 vemos uma imagem
do vão 3, a parte mais danificada, já
em fase de obras.
A Figura 8 apresenta a imagem do
vão 3 mais aproximada, onde pode-
-se notar uma pequena parte das bai-
nhas de protensão também expostas.
De maneira a averiguar o dano
causado pelo incêndio, foram realiza-
dos os seguintes ensaios:
u
Ensaios em corpos de prova de
concreto extraídos da estrutura,
que mostraram que o concreto
remanescente ainda possui resis-
tência a compressão satisfatória,
inclusive em diversos casos acima
da resistência característica espe-
cificada de projeto (Originalmente
o projeto especificava um concreto
f
ck
=30 MPa. Dentre os corpos de
prova extraídos foram encontradas
resistências de até 70,2 MPa);
u
Amostras de barras CA-50 na re-
gião atingida pelo fogo também
foram ensaiadas com resultados
satisfatórios - foi ensaiado o limite
de escoamento, o limite de resis-
tência, o alongamento na ruptura
e o dobramento (Dentre todos os
ensaios somente o limite de esco-
amento ficou abaixo do esperado
para armaduras CA-50. Na média,
o limite de escoamento ficou em
484 MPa, com menor resultado
igual a 442 MPa. O esperado para
armaduras CA-50 seria 500 MPa
de valor característico);
u
Ensaios dinâmicos também fo-
ram executados para aferir as
u
Figura 6
Imagem de um trecho do corte longitudinal mostrando a variação de altura
na seção transversal na região dos apoios 2 e 3
u
Figura 7
Aspecto da parte do viaduto mais
danificada pelo incêndio
u
Figura 8
Detalhes da região do viaduto
mais afetada pelo incêndio,
onde é possível ver as bainhas
de protensão
u
Figura 9
Imagem de uma das regiões do
viaduto onde foram retirados
os corpos de prova
1...,32,33,34,35,36,37,38,39,40,41 43,44,45,46,47,48,49,50,51,52,...100
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