56 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
u
inspeção e manutenção
Viabilidade econômica da
utilização de fibra de carbono
em reforço estrutural
1. INTRODUÇÃO
O
ramo da construção ci-
vil é um dos mais impor-
tantes na formação de
uma nação. De acordo com o
Civil
Engineering Institution
, do Reino Unido,
uma infraestrutura eficiente e adequada
pode ser considerada como a base da
economia de qualquer nação (Silva Filho,
1999 apud Beber, 2003). Como conse-
quência, o seu progresso é fundamental
para qualquer país, tendo o desenvolvi-
mento de novos materiais e novas téc-
nicas construtivas contribuído para o
avanço da construção civil, viabilizando
projetos cada vez mais arrojados. Segun-
do Fortes (2004), o desenvolvimento da
tecnologia do concreto e suas respectivas
técnicas construtivas, em conjunto com a
implementação de ferramentas compu-
tacionais sofisticadas, capazes de repro-
duzir com grande precisão o comporta-
mento do concreto e do aço, permitiram
explorar, plenamente, suas propriedades.
Recentemente, incorporou-se dura
bilidade ao conceito de estabilidade, pois
não há sentido que uma estrutura seja es-
tável por um período de tempo tão curto
que a torne economicamente inviável (Sou-
za e Ripper, 1998). A aplicação da fibra de
carbono para reforço estrutural representa
atualmente um dos meios mais importan-
tes, modernos e eficazes para reabilitar
uma edificação e garantir sua estabilidade,
quando há falhas no projeto, modificação
na utilização do edifício, modificação nas
cargas sobre a estrutura ebaixa resistência
de materiais.
Neste trabalho, apresenta-se uma
análise de custo do reforço estrutural,
utilizando-se para isso uma comparação
entre os métodos de colagem externa de
mantas de fibras de carbono, de utiliza-
ção de chapas metálicas e de aumento de
seção da estrutura.
2. TÉCNICAS DE REFORÇO
Reis (2001) observa que geralmente
é possível adotar mais de uma técnica de
reforço numa estrutura e que existe uma
conjugação de fatores que interferem
na solução a ser adotada, tais como: a
urgência da intervenção, os custos en-
volvidos, a possibilidade de interrupção
do uso da estrutura, o tempo necessário
para que a estrutura possa ser colocada
sob carga, o ambiente em que se inse-
re a peça, a intervenção arquitetônica,
a coerência da técnica adotada com o
quadro patológico e a análise do com-
portamento global da estrutura, devido
às intervenções em suas partes.
ADRIANO SILVA FORTES – P
rofessor
D
outor
GABRIEL C. VILAS BOAS RIOS – T
écnico
em
E
dificações
IGOR RICARDO A. GOMES – T
écnico
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E
dificações
VINICIUS H. CORREIA SANTOS – T
écnico
em
E
dificações
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Figura 1
Custo da fibra de carbono (FORTES, A.S.(2014))