Revista Concreto & Construções - edição 91 - page 50

50 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
preenchimento dos poros com carbo-
nato de cálcio, aliado também a uma
qualidade inferior do concreto e a maior
presença de umidade nos poros, em
comparação com a parte superior da
estrutura, possibilitou que o avanço da
carbonatação fosse mais intensa, além
de ter exposto esses pilares aos agen-
tes externos por mais tempo.
3. CONCLUSÕES
De maneira geral, a estrutura apre-
senta diversas manifestações patoló-
gicas, que causam sensação de in-
segurança quanto à sua estabilidade,
quando aliadas às oscilações percebi-
das nas lajes com o simples caminhar
de uma pessoa sobre elas. Destaca-se
a ausência de cuidados com a execu-
ção dos projetos em municípios peque-
nos, uma vez que as falhas encontradas
poderiam ter sido evitadas durante a
etapa de execução da obra. A falta de
fiscalização das obras, bem como a
carência de profissionais capacitados
para a execução dos serviços, aliados
ao não acompanhamento da execução
pelo engenheiro responsável, ainda são
fatores extremamente comuns e recor-
rentes em municípios de pequeno porte.
Quanto ao estado de conservação
da estrutura, pode-se concluir que to-
dos os elementos da obra já estão com
o aço despassivado e em processo de
corrosão iniciado ou se iniciando. Com
as informações obtidas até o momento,
aliadas às oscilações significativas nas
lajes que causam intensa sensação de
insegurança, pode-se concluir que, con-
siderando os critérios da norma NBR
6118 (ABNT, 2014), a estrutura já alcan-
çou o final da sua vida útil de projeto.
u
Figura 2.6.1
Profundidade de carbonatação
no pilar 21 (O autor, 2016)
[1] FIGUEIREDO, Enio Pazzini. NETO, Gilberto N. de Araújo. ALMEIDA, Pedro A. de Oliveira. Monitoração de estruturas de concreto. In: ISAIA, Geraldo Cechella (Ed.)
Concreto: ciência e tecnologia. v. 2, 1. ed. São Paulo: Instituto Brasileiro do Concreto, 2011.
u
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S
u
Figura 2.6.2
Profundidade de carbonatação empilares de ambos os pavimentos (O autor, 2016)
a
Inferior
b
Superior
u
Quadro 2.6.1 – Profundidade de carbonatação ((O autor (2016))
Profundidade de
carbonatação (mm)
P02 P06 P10 P21 P22 P25 P27 P29
Face interna
29 34 29 38 32 30 76 87
Face externa
– 24 34 24 26 38 36
1...,40,41,42,43,44,45,46,47,48,49 51,52,53,54,55,56,57,58,59,60,...116
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