Revista Concreto & Construções - edição 91 - page 52

52 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
o reconhecimento do objeto de estu-
do e a coleta de informações prévias
por meio de exame visual em uma pri-
meira vistoria na edificação e através
de formulário preliminar encaminhado
ao engenheiro responsável pela obra.
Foram observados possíveis sinais
aparentes de manifestações patológi-
cas e registrados por meio de equi-
pamentos fotográficos. Averiguou-se
o meio ambiente em que a edificação
se encontra inserida e buscaram-se
informações sobre propriedades físi-
cas com base em dados climáticos.
A inspeção detalhada ocorreu na
segunda visita à edificação e contou
com revisão dos pontos críticos iden-
tificados na primeira etapa e análise
em novos locais, incluindo possíveis
locais de infiltração, como áreas rela-
cionadas à piscina.
2.3 Vida útil estrutural
Este trabalho utilizou o modelo
de Tuutti, de 1982, para obtenção da
estimativa de durabilidade e vida útil
de estruturas de concreto. O mode-
lo apresenta equação que envolve as
principais variáveis no processo de
degradação de estruturas de con-
creto por carbonatação: espessura
carbonatada do elemento, tempo em
anos do elemento e um coeficiente,
que depende da difusidade efetiva
do carbono no concreto, conforme a
Equação 1.
e = k . t
c
1
Onde: ec é a espessura carbona-
tada (em milímetros); k representa o
coeficiente dependente da difusivida-
de efetiva do CO
2
no concreto; t é o
tempo em anos. O tempo da estrutu-
ra de concreto foi obtido por meio do
formulário preliminar e, para obtenção
da espessura carbonatada (ec), rea-
lizou-se um ensaio de pouca interfe-
rência na estrutura. Na Figura 2 ob-
servam-se alguns dos equipamentos
utilizados no ensaio, como furadeira,
pacômetro, paquímetro, sacos plásti-
cos transparentes para coleta dos re-
síduos e identificação de informações
necessárias, além de uma solução lí-
quida à base de fenolftaleína.
Inicialmente, identificaram-se os
elementos da estrutura de concre-
to localizados em áreas com maior
concentração de dióxido de carbono:
dois pilares do 1° subsolo e uma viga
de concreto da casa de máquinas do
pavimento técnico. Ressalta-se que
os elementos do 1° pavimento de ga-
ragem caracterizam-se como pontos
críticos em função de maior contato
com o CO
2
e por possuírem apenas
pintura a base PVA como proteção,
enquanto que a viga se localizava em
ambiente menos crítico e apresen-
tava-se revestida com argamassa e
pintura. Na Figura 3 observam-se os
elementos definidos, intitulados como
E1, E2 e E3, onde o elemento iden-
tifica-se pela letra “E”, seguido da
numeração, conforme a ordem dos
ensaios realizados
in loco
.
A espessura de cobrimento das ar-
maduras de cada elemento foi obtida
por meio da pacometria. Após, seguiu-
-se o seguinte processo:
a) Furação de 2mm de profundidade
no elemento para obter o pó de con-
creto por meio de coletor plástico;
u
Figura 2
Equipamentos: (a) pacômetro; (b) paquímetro; (c) sacos plásticos
b
c
a
1...,42,43,44,45,46,47,48,49,50,51 53,54,55,56,57,58,59,60,61,62,...116
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