Revista Concreto & Construções - edição 91 - page 66

66 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
do ensaio de pacometria e por pros-
pecção
in loco
. Para os ensaios de
pacometria foi utilizado o aparelho
portátil “
HILTI-Ferroscan
”, represen-
tado na Figura 3.1, para determinar a
espessura de cobrimento da armadu-
ra em pilares, conforme método adap-
tado de normas internacionais como:
BS 1881 204:1988, ACI 228.2R-21
2004, entre outras. Ressalta-se que
ainda não há método brasileiro nor-
malizado sobre este ensaio.
3.2.2 M
edição
da
profundidade
de
carbonatação
A velocidade de carbonatação e
sua profundidade dependem de inú-
meros fatores, desde aspectos liga-
dos ao próprio material, como poro-
sidade e reserva alcalina, a aspectos
ligados ao clima, como umidade re-
lativa do ar, temperatura, ocorrência
de chuvas ácidas, teor de CO
2
no
ambiente e incidência e duração de
ciclos de umedecimento e secagem.
Para a determinação da profun-
didade de carbonatação, podem-se
utilizar indicadores químicos e colori-
métricos, do tipo solução alcoolica de
fenolftaleína e/ou timolftaleína, aplica-
da por
spray
sobre uma prospecção
recém-fraturada. As determinações
foram feitas segundo o método CPC-
18 da RILEM, utilizando solução al-
cóolica de fenolftaleína a 1%.
A medida da profundidade de car-
bonatação foi realizada em superfície
recém-fraturada do concreto, coletan-
do em cada medida a profundidade
mínima e máxima da frente de carbo-
natação, registrando a média de avan-
ço dessa frente. Na Figura 3.2 está
ilustrado o procedimento do ensaio.
3.2.3 C
ontaminação
por
íons
cloreto
O teor de íons cloreto é uma medi-
da importante para orientar um progra-
ma de manutenção e proteção super-
ficial da estrutura, visto que as peças
estruturais por eles contaminadas apre-
sentam uma velocidade de corrosão da
armadura maior do que quando os clo-
retos não estão presentes.
O procedimento empregado em
campo envolveu a coleta do material
(pó) para ser ensaiado no laboratório,
conforme disposto na ASTM C 1152,
considerando também os conceitos
do procedimento expresso na ASTM
C 1202. Na Figura 3.3 pode-se ob-
servar o procedimento de extração de
amostras representativas, realizado
com auxílio de uma perfuratriz.
3.2.4 R
esistividade
elétrica
Trata-se de método de ensaio
para determinação da resistividade
elétrica do concreto, considerada um
dos parâmetros decisivos no controle
da velocidade da reação de corrosão
das armaduras. A resistividade elétri-
ca controla o fluxo de íons que se di-
fundem no concreto através da solu-
ção aquosa presente nos seus poros,
sendo altamente sensível ao teor de
umidade de equilíbrio e à temperatura
do concreto, reduzindo-se com o au-
mento desta (HELENE, 1993) [7].
Para determinações de campo
u
Figura 3.1
Registro do procedimento realizado para detectar o posicionamento das
armaduras utilizando o pacômetro “HILTI-Ferroscan”
u
Figura 3.2
Aspersão de solução de fenolftaleína para medição da profundidade
de carbonatação e verificação das espessuras carbonatadas
1...,56,57,58,59,60,61,62,63,64,65 67,68,69,70,71,72,73,74,75,76,...116
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