Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 82

82 | CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out– Dez • 2017
Contudo, o ensaio de flexão de pris-
mas requer equipamento mais sofisti-
cado, dotado de controle fechado de
deformação, de modo a evitar a instabi-
lidade pós-pico. Bernard (2002) indica
que os prismas são os corpos de prova
mais caros de produzir, pois exigem um
corte cuidadoso antes do teste.
2.3 Outros ensaios
Novos ensaios vêm sendo propos-
tos como alternativas aos tradicionais.
Assim, a ASTM (ASTM C1550) publicou
um ensaio de punção de placas circu-
lares e, mais recentemente, a própria
EFNARC propôs um novo ensaio de
flexão de placas quadradas com en-
talhe (EFNARC, 2011). Neste último,
também se prescreve o controle para
distintos níveis de abertura de fissura.
No entanto, apesar dos aprimoramen-
tos, esses ensaios ainda apresentam
grande dificuldade executiva e muito
raros são os laboratórios capacitados
para realizá-los no Brasil.
Uma alternativa promissora com
enfoque diferenciado é o ensaio Barce-
lona. Este ensaio já é normalizado na
Espanha (AENOR UNE 83515:2010) e
consiste no duplo puncionamento de
cilindros de 100 mm de diâmetro e 100
mm de altura, obtidos a partir de teste-
munhos extraídos das placas (Figura 8).
Segundo Zhang e Morgan (2015), a ex-
tração de amostras do revestimento do
túnel é necessária se os resultados das
placas de CPRF não atendem a espe-
cificação. Os corpos de prova de me-
nores dimensões facilitam a obtenção
de amostras de maior número, possibi-
litando uma análise mais robusta e re-
presentativa de resultados (Galobardes;
Figueiredo, 2015). A grande vantagem
do método de ensaio é exigir equipa-
mentos simples de ensaio, bastando
possuir controle de deslocamento, o
que é encontrado em grande número
de laboratórios.
É um ensaio facilmente correlacio-
nável com os ensaios de flexão, in-
clusive o EN14488-3, conforme com-
provado pelo estudo de Silva (2017).
No referido trabalho, foi realizada uma
u
Figura 5
Esquema do ensaio de flexão de prismas EN14488-3 utilizado pela
EFNARC (1996) para classificar a resistência residual do CPRF
u
Figura 6
Esquema da extração dos testemunhos para serem utilizados no ensaio de
flexão de prismas EN14488-3
u
Figura 7
Classes de resistência residual do CPRF avaliado pelo ensaio de flexão de
prismas EN14488-3 segundo o critério proposto pela EFNARC (1996)
1...,72,73,74,75,76,77,78,79,80,81 83,84,85,86,87,88,89,90,91,92,...116
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