CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out – Dez • 2017 | 81
de resultados (Bernard, 2002; Myren;
Bjantergaard, 2010).
2.2 Ensaio de flexão de prismas
Outro ensaio usado pela EFNARC
(1996) para classificar o CPRF é o de
flexão de prismas, o qual já está nor-
malizado na Europa (EN14488-3). O
esquema do ensaio é apresentado na
Figura 5. Na Figura 6 é apresentada a
forma como os testemunhos devem
ser serrados da placa para a produção
dos corpos de prova. Ressalta-se que
os testemunhos são removidos do fun-
do da placa de projeção para garantir
uma condição menos favorável e a fa-
vor da segurança em termos de incor-
poração de fibras. As cargas medidas
no ensaio a diferentes níveis de des-
locamento são convertidas em tensão
usando a Equação (1) e comparados
com os padrões estabelecidos para as
faixas de resistência residual apresenta-
das na Figura 7.
[1]
Onde,
f
cti
= resistência residual (MPa) para o
deslocamento i (0,5 mm, 1 mm, 2 mm
e 4 mm);
P
i
= carga (N) resistida no deslocamen-
to i (0,5 mm, 1 mm, 2 mm e 4 mm);
L = distância entre cutelos inferiores
(mm);
b = largura do corpo de prova (mm).
h = altura do corpo de prova (mm).
Vale ressaltar que as quatro clas-
ses de resistência residual do ensaio
de flexão de prismas não são correla-
cionadas com as três classes de ab-
sorção de energia medidas pelo en-
saio de punção de placas. Portanto,
o projetista deve selecionar condições
coerentes com as demandas do re-
vestimento e a qualificação do CPRF
deve ser realizada nos estudos prévios
de dosagem, adotando-se o teor de fi-
bras que atenda a todos os requisitos
simultaneamente.
Outro aspecto importante a ser no-
tado é que este ensaio é distinto do
antigo método JSCE-SF4 (Figueiredo,
2011), que ainda é muito utilizado no
Brasil. No entanto, o método da JSCE
já se encontra em desuso em seu país
de origem (Japão) e apresenta mais
problemas em relação ao método eu-
ropeu (EN14488-3), que é superior em
termos de redução dos níveis de ins-
tabilidade e mais próximo do enfoque
atual para qualificação do CRF.
u
Figura 2
Esquema do ensaio de punção de placa quadrada (A); e sistema para medida
do deslocamento com maior precisão (Figueiredo, 2011) (B)
b
a
u
Figura 3
Nível elevado de fissuração
imposto às placas de CPRF durante
o ensaio de punção devido ao
deslocamento imposto de 25 mm
(Figueiredo, 2011)
u
Figura 4
Curva padrão de carga por deslocamento (A) e a curva resultante de absorção
de energia (B)
b
a