 
          CONCRETO & Construções  |  Ed. 94 |  Abr – Jun • 2019  |   71
        
        
          u
        
        
          inspeção e manutenção
        
        
          Ensaios não destrutivos
        
        
          na avaliação de estruturas
        
        
          de concreto
        
        
          
            1. INTRODUÇÃO
          
        
        
          P
        
        
          ara determinação do estado
        
        
          de saúde de uma pessoa é
        
        
          necessário que o profissional
        
        
          da área médica realize alguns exames
        
        
          físicos e solicite, caso necessário, alguns
        
        
          exames clínicos para balizar e orientar as
        
        
          prescrições de tratamento adequado das
        
        
          doenças do paciente.
        
        
          A área de avaliação, recuperação e
        
        
          reforço de estruturas se assemelha me-
        
        
          taforicamente à área médica. Para se co-
        
        
          nhecer a “saúde” da estrutura, ou seja,
        
        
          o grau de conservação, durabilidade e
        
        
          segurança estrutural é de fundamental
        
        
          importância que sejam realizados “exa-
        
        
          mes clínicos”, no caso da engenharia
        
        
          diagnóstica, ensaios destrutivos e não
        
        
          destrutivos nas edificações.
        
        
          Existe uma grande variedade de
        
        
          ensaios (que podem ser realizados
        
        
          em estruturas existentes e novas) para
        
        
          identificação da qualidade do elemento
        
        
          estrutural no que se refere às proprieda-
        
        
          des mecânicas, físicas e químicas dos
        
        
          materiais, tais como: ultrassonografia,
        
        
          potencial de corrosão, profundidade de
        
        
          carbonatação, esclerometria, termogra-
        
        
          fia, radar, detecção magnética de arma-
        
        
          duras, resistividade, ensaio de tração em
        
        
          armaduras, dentre outros.
        
        
          No Brasil, as estruturas estão “en-
        
        
          velhecendo” e várias encontram-se em
        
        
          condições precárias de conservação
        
        
          e segurança.
        
        
          Diante deste cenário e da crescen-
        
        
          te preocupação da comunidade técni-
        
        
          ca e da sociedade com a conservação
        
        
          das estruturas, a engenharia está con-
        
        
          vergindo para novas formas de anali-
        
        
          sar as condições dos elementos estru-
        
        
          turais, visando principalmente realizar
        
        
          as manutenções adequadas, com o
        
        
          intuito de ampliar, com segurança, a
        
        
          vida útil das estruturas.
        
        
          
            2. METODOLOGIA PARA ANÁLISE
          
        
        
          
            DE ESTRUTURAS EXISTENTES
          
        
        
          Para a análise de estruturas de con-
        
        
          creto existentes, podem-se utilizar di-
        
        
          versas metodologias e procedimentos
        
        
          com o intuito de compreender qual sua
        
        
          real condição estrutural e seu estado de
        
        
          “saúde”. A seguir estão listados alguns
        
        
          desses procedimentos:
        
        
          u
        
        
          Inspeção visual com o objetivo de:
        
        
          catalogar as manifestações patológi-
        
        
          cas existentes, identificar as prováveis
        
        
          causas das manifestações, conhecer
        
        
          o meio ambiente e classe de agressi-
        
        
          vidade da região em que a estrutura
        
        
          está inserida, dentre outros;
        
        
          u
        
        
          Levantamento do histórico da estru-
        
        
          tura: ano e responsáveis pela cons-
        
        
          trução e projetos, manutenções,
        
        
          ampliações e readequação realiza-
        
        
          das, procura pelo projeto, dados de
        
        
          rastreabilidade do controle dos ma-
        
        
          teriais utilizados;
        
        
          u
        
        
          Levantamento detalhado da estru-
        
        
          tura, quando da inexistência de pro-
        
        
          jetos, e suas readequações (locali-
        
        
          zações e dimensões dos elementos
        
        
          estruturais, cobrimentos, quantitati-
        
        
          vos e dimensões das armações);
        
        
          u
        
        
          Provas de carga estáticas ou dinâmi-
        
        
          cas: para avaliar o comportamento
        
        
          estrutural e a segurança de utilização;
        
        
          u
        
        
          Identificação e acompanhamento
        
        
          LEONARDO BRAGA PASSOS – E
        
        
          ngenheiro
        
        
          , MS
        
        
          c
        
        
          IGOR PORTELLA GARCIA DE CARVALHO – E
        
        
          ngenheiro
        
        
          , MS
        
        
          c
        
        
          LUIZ SÉRGIO OLIVEIRA ARAÚJO – E
        
        
          ngenheiro
        
        
          JOÃO HUGO FERREIRA JABBUR BRAGA – E
        
        
          ngenheiro
        
        
          p
        
        
          E
        
        
          ngenharia
        
        
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          C
        
        
          onsultoria
        
        
          u
        
        
          
            Figura 1
          
        
        
          Modelagem numérica