Revista Concreto & Construções - edição 94 - page 79

CONCRETO & Construções | Ed. 94 | Abr – Jun • 2019 | 79
sucesso por Verly (2015) em um traba-
lho que visava a avaliação de metodolo-
gias de inspeção como instrumento de
priorização de intervenções em obras de
arte especiais (OAEs), no qual comparou
a metodologia adotada pelo DNIT – De-
partamento Nacional de Infraestrutura
Terrestre com a referida metodologia
GDE/UnB, concluindo que esta se mos-
tra, então, vantajosa em relação àquela
ao ponderar os danos encontrados em
função de onde eles se encontram (F
p
)
e ao ponderar a importância relativa da
família de elementos (F
r
).
3.2 Formulação proposta
3.2.1 G
rau
do
dano
O grau do dano foi introduzido por
Castro (1994), considerando que a de-
terioração ocorre em duas fases: inicia-
ção e propagação. No entanto, em vez
do tempo, Castro (1994) utilizou o fator
de ponderação – F
p
e o fator de inten-
sidade – F
i
para o cálculo do grau do
dano – D. Este é, portanto, uma função
de F
p
(1 ≤ F
p
≤ 5), atribuído de ante-
mão a cada dano preestabelecido (com
exceção das fissuras, que tem um va-
lor de F
p
variável), e uma função de
F
i
(0 ≤ F
i
≤ 4), atribuído pelo profissional
responsável pela inspeção. Esses ele-
mentos se relacionam conforme o gráfi-
co da Fig. 1 e as equações 1 e 2.
Do referido gráfico, bem como das
equações citadas, pode-se entender, que
conforme os fatores citados anteriormente
aumentam, aumenta-se de maneira muito
mais acentuada a curva representativa do
dano presente na estrutura.
para
1
para
2
3.2.2 G
rau
de
deterioração
de
um
elemento
(G
de
)
Calculados os graus isolados de to-
dos os danos de determinado elemento,
pode-se obter o grau de deterioração do
elemento – G
de
, conforme a equação 1.
Em função deste fator, já são sugeridas
pela metodologia determinadas reco-
mendações de ações a serem adotadas.
3
Onde:
G
de
: Grau de deterioração do elemento;
D
i
: Grau do dano de índice “i”;
D
máx
: Maior Grau do dano encontrado
no elemento;
n: Número de danos encontrados
no elemento.
3.2.3 G
rau
de
deterioração
de
uma
família
de
elementos
O G
df
tem como objetivo avaliar o
conjunto de elementos pertencentes a
uma mesma família. Para isso, leva em
consideração os valores de G
de
obtidos
para cada elemento pertencente à fa-
mília em estudo, relacionando-os con-
forme a equação 4.
4
Onde:
G
de,máx
: maior grau de deterioração en-
contrado na família de elementos;
G
de,i
: graus de deterioração apre-
sentados pelos elementos da família
(≥15);
m: número de elementos com G
de
≥15.
Salienta-se que são somente consi-
derados valores de G
de
≥ 15 na equação
4, com o intuito de caracterizar danos ex-
pressivos, de acordo com Castro (1994),
que simulou a ocorrência simultânea de
todos os danos possíveis em uma deter-
minada família, obtendo-se para todas
elas valores de G
de
próximos a 15, de
onde surgiu a recomendação da utiliza-
ção de valores iguais ou maiores que 15.
3.2.4 G
rau
de
deterioração
da
estrutura
(G
d
)
Por fim, o grau de deterioração da
estrutura como um todo é definido em
função dos valores de G
df
obtidos por
cada família da estrutura, ponderados
u
Figura 1
Grau do dano (D) x Fator de intensidade (Fi) para valores de Fp variando
de 1 a 5.
Fonte:
Verly (2015)
1...,69,70,71,72,73,74,75,76,77,78 80,81,82,83,84,85,86,87,88,89,...100
Powered by FlippingBook