Revista Concreto & Construções - edição 92 - page 92

92 | CONCRETO & Construções | Ed. 92 | Out – Dez • 2018
torna-se fundamental considerar a
variação de resistência à compres-
são dos prismas de acordo com a
disposição dos pavimentos (Figura
13) para a obtenção dos respectivos
módulos de elasticidade.
Conhecidas as resistências dos
prismas projetados para a edificação,
foram realizados os cálculos dos res-
pectivos módulos de elasticidade, utili-
zando a equação (1) prevista na norma
ABNT NBR 15961-1:2011, e, para o
módulo de elasticidade do bloco grau-
teado, foi adotada a equação (2) da
norma ABNT NBR 6118:2014.
1
Onde f
pk
é a resistência característi-
ca do prisma de alvenaria expressa
em MPa e E
alv
, o módulo da alvenaria
expressa em GPa.
para f
ck
≤ 50 MPa
2
onde
a
E é o parâmetro em função
da natureza do agregado e f
ck
é a re-
sistência característica a compres-
são do concreto.
As propriedades de peso espe-
cífico e coeficiente de Poisson das
alvenarias foram retirados da ABNT
NBR 15961-1:2011, enquanto que as
propriedades dos elementos de con-
creto foram obtidas da ABNT NBR
6118:2014. A Tabela 1 apresenta os
dados utilizados no modelo inicial.
Com a atribuição dos parâmetros
constitutivos dos materiais aos ele-
mentos, a modelagem foi concluída
com a aplicação de elementos tipo
mola para representação das esta-
cas de fundação como condições de
contorno. Colocada as restrições, o
modelo se mostrou habilitado para o
processamento da análise modal e
realização dos devidos ajustes.
5. PROCESSAMENTO E
CALIBRAÇÃO DO MODELO
O processamento da análise mo-
dal foi desenvolvido em software ba-
seado em MEF para obtenção dos
principais modos de vibração e as
respectivas frequências naturais. No
primeiro processamento, o mode-
lo mostrou-se robusto e exigindo o
cálculo 271.782 equações de equi-
líbrio em cada etapa de calibração,
sugerindo que os ajustes deviam ser
bem planejados para diminuir o nú-
mero de ciclos para a sua calibração
final.
As principais mobilizações de
massa ocorreram nos primeiros
quatorze modos de vibração iniciais.
No entanto, a baixa mobilização de
massa nesses modos indicou que o
modelo inicial não teve uma adequa-
da representatividade da estrutura
real. A comprovação desta consta-
tação pode ser verificada no gráfico
com os dados obtidos no modelo
numérico e dos experimentais ex-
traídos da torre 3 (Figura 14).
Verificada a necessidade de cali-
bração do modelo, foram seleciona-
dos os parâmetros do software cujas
alterações seriam mais significativas
u
Figura 14
Gráfico de regressão linear dos
resultados obtidos no modelo
inicial e no experimento da torre 3
u
Figura 15
Ciclos de ajustes para calibração
do modelo numérico
u
Figura 16
Gráfico de regressão linear dos
resultados obtidos no modelo
final e no experimento da torre 3
1...,82,83,84,85,86,87,88,89,90,91 93,94,95,96,97,98,99,100,101,102,...116
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