Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 95

CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out – Dez • 2017 | 95
últimas normais (carga padrão) e espe-
ciais (carga especial).
O carregamento permanente des-
ses tabuleiros engloba o peso próprio
dos elementos estruturais, o peso do
pavimento rígido com 10 cm de espes-
sura e a carga linear de 7,4 kN/m nas
bordas referente às barreiras rígidas
com placas de acabamento.
As peças estruturais foram mo-
deladas com concreto C35 (mate-
rial prescrito no projeto padrão) em
software de elementos finitos, se-
guindo a geometria apresentada
nos desenhos PP-DE-C01/101 e
PP-DE-C01/129 do DER/SP.
A tabela 1 apresenta os valores máxi-
mos das solicitações (força cortante em
kN e momento fletor em kNm) na lon-
garina V3 do tabuleiro de 20 m, para as
combinações últimas normal e especial.
A tabela 2 apresenta os valores máxi-
mos das solicitações (força cortante em
kN e momento fletor em kNm) na lon-
garina V3 do tabuleiro de 40 m, para as
combinações últimas normal e especial.
5. CONCLUSÃO
Para o tabuleiro de 14,1 m x 20 m
analisado, as solicitações de projeto
na longarina, força cortante e momen-
to fletor, apresentam valores inferiores
para combinação última especial do
que para combinação última normal.
Ou seja, a consideração da carga ro-
doviária especial nesse projeto não in-
fluencia o cálculo da longarina e o con-
sumo de materiais.
Para o tabuleiro de 14,1 m x 40 m
analisado, as solicitações de projeto na
longarina, força cortante e momento
fletor, apresentam valores ligeiramente
superiores para combinação última es-
pecial do que para combinação última
normal em algumas seções. No caso
da força cortante tem-se diferença de
6% no apoio e 24% no meio do vão,
sendo que esta última não é crítica no
dimensionamento ao cisalhamento.
No caso do momento fletor tem-se di-
ferença de 3% em 1/8 do vão e 0,3%
em 1/4 do vão, que não são críticas no
dimensionamento à flexão. Ou seja, a
consideração da carga rodoviária es-
pecial nesse projeto influencia muito
pouco o cálculo da longarina e o con-
sumo de materiais.
Apesar da diferença de peso total
entre os veículos padrão (450 kN) e es-
pecial (5120 kN), as condições de trá-
fego do segundo, a geometria de dis-
tribuição das cargas e os coeficientes
de ponderação diferenciados faz com
que a consideração da carga rodoviária
especial no projeto não represente um
item oneroso para esse tipo de OAE –
grelha de vigas pré-moldadas, muito
empregada em nossas estradas.
u
Figura 3
Modelagem dos exemplos de tabuleiro
u
Tabela 1 – Solicitações na longarina V3 do tabuleiro de 20 m
Solicitação
Combinação
Seções
Apoio
1/8
1/4
3/8
1/2
V
Sd,max
Normal
1.556,0
1.109,7
817,8
559,4
364,0
V
Sd,max
Especial
1.439,0
1.039,9
753,1
509,0
277,5
M
Sd,max
Normal
0,0
3.067,1
4.978,1
6.146,4
6.528,5
M
Sd,max
Especial
0,0
2.860,7
4.709,8
5.772,6
6.136,1
1...,85,86,87,88,89,90,91,92,93,94 96,97,98,99,100,101,102,103,104,105,...116
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