Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 101

CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out – Dez • 2017 | 101
Os tubos de 300 mm superam em
até 46% a resistência à compressão
diametral requerida para a classe PS2.
Sendo necessário obter carga de rup-
tura mínima de 24 kN/m, o consumo de
cimento para esses tubos também po-
deria ser reduzido para faixas próximas
aos 180 kg/m
3
. Já os tubos de 400 mm,
a utilização de 180 kg/m
3
de cimento foi
capaz de proporcionar a classificação
da peça em PS2. O consumo de 150
kg/m
3
apresentou leve redução na car-
ga de ruptura dos elementos, perma-
necendo na classe PS1. Dessa forma,
baixos consumos de cimento podem
proporcionar desempenhos mecânicos
muito favoráveis aos tubos de con-
creto simples. Consumos de cimento
na ordem de 150 e 180 kg/m
3
foram
suficientes para atingir com segurança
os requisitos mínimos de resistência à
compressão diametral das peças.
É importante ressaltar que, na medi-
da em que se aumenta o diâmetro no-
minal dos tubos, a rigidez geométrica
da peça também é elevada. Esse au-
mento de rigidez é devido a espessura
das paredes do tubo, sendo requerida
uma espessura em torno de 10% em
função do DN da peça. E, como os tu-
bos são simples, não houve preocupa-
ção quanto à durabilidade por corrosão
da armação.
4.2 Tubos armados e reforçados
com fibras de aço
A Tabela 5 e a Figura 6 expressam
os resultados encontrados na realiza-
ção dos ensaios de caracterização me-
cânica e física dos tubos de concreto
com fibras de aço.
Analisando as peças reforçadas
com fibras de aço, nota-se que a va-
riação no teor de adição dos filamentos
promove resultados distintos. Adotan-
do teores iguais a 20, 25 e 32 kg/m
3
nas matrizes cimentícias, aumenta-se
linearmente a carga de ruptura dos tu-
bos por meio da compressão diame-
tral. Os tubos com diâmetro nominal de
400 mm atingiram classificação PA1,
conforme suas dimensões, e o aumen-
to no consumo de filamentos por metro
cúbico proporcionou melhorias de até
50% na resistência mecânica da peça.
Em relação à carga de ruptura dos tu-
bos de 400 mm e teor de 25 kg/m
3
de
fibras, os mesmos aproximam-se dos
tubos classe PA2. Com isso, o teor de
25 kg/m
3
foi um valor balizador para
a tomada de decisão na alteração de
classificação dos tubos.
Ao contrário dos elementos com
consumo de 25 kg/m
3
, a adoção do
teor de fibras em 20 kg/m
3
nos
tubos
de 400 mm torna-se mais adequado e
próximo ao teor ótimo de reforços para
u
Figura 5
Resultados para tubos em concreto simples
Fonte:
elaborado pelo autor
u
Tabela 5 – Resultados para tubos de concreto com fibras de aço e armado
Tubo de
concreto
Diâmetro
(mm)
Reforço
Carga mínima
isenta de dano
(kN/m)
Carga de
ruptura
(kN/m)
Fibras
400
20 kg/m
3
de fibra
16
29
16
24
25 kg/m
3
de fibra
16
35
16
36
800
32 kg/m
3
de fibra
32
64
32
67
Armado
Tela simples
Q196
44
50
44
54
Fonte:
elaborado pelo autor
1...,91,92,93,94,95,96,97,98,99,100 102,103,104,105,106,107,108,109,110,111,...116
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