Revista Concreto & Construções - edição 88 - page 111

CONCRETO & Construções | Ed. 88 | Out – Dez • 2017 | 111
as alternativas em concreto armado
moldado no local, vigas pré-molda-
das de concreto e vigas mistas. Es-
sas três opções apresentaram de-
sempenhos estruturais e econômicos
bem aproximados, porém as duas
últimas poderão ser ainda mais com-
petitivas pelo fato de prescindirem de
escoramento e terem mais agilidade
construtiva. O uso de protensão ex-
terna ficou praticamente inviável para
o vão dessa ponte (18m) por causa
do alto custo.
No estudo da ponte 2, a melhor
alternativa foi a protensão externa,
pelo fato de reduzir as deformações
nos balanços e a fissuração nas lon-
garinas existentes. Essa alternativa
mostrou-se competitiva com o mé-
todo de vigas pré-moldadas, mas
a protensão apresenta um desem-
penho estrutural mais satisfatório,
principalmente quando comparado à
vigas pré-moldadas em balanço.
Ainda na ponte 2 verificou-se que
os métodos com o uso do concreto
armado moldado “in loco” (em torno
de 36% mais caro) e de vigas mistas
(em torno de 22% mais caro), são
pouco competitivos econômica e es-
truturalmente. O primeiro pela grande
densidade de armaduras de flexão e
de cisalhamento nos balanços das
vigas. O segundo, pelo alto custo
das peças metálicas (enrijecedores
e diafragmas) necessárias para com-
bater os efeitos da flambagem lateral,
com distorção causada pelo momen-
to fletor negativo nos balanços das
vigas mistas.
A analise da ponte 3, que pode
até ser considerada um caso típico
das pontes em vigas contínuas de
concreto armado, mostrou que a me-
lhor alternativa para o alargamento é
a adição de vigas de concreto ar-
mado moldado no local; porém, tam-
bém ficou evidente que a utilização
de vigas mistas pode ser competitiva
quando utilizadas como longarinas
simplesmente apoiadas, com lajes
de continuidade nos apoios. É im-
portante lembrar que os alargamen-
tos com concreto moldado no local,
mesmo questionáveis por causa de
algumas dificuldades construtivas
(fôrmas, escoramentos, maiores pra-
zos, etc), ainda continuam sendo uti-
lizados em pontes de pequeno porte,
especialmente nas rodovias localiza-
das em regiões mais distantes e em
locais de difícil acesso.
O resumo das melhores opções
de alargamento obtidas no estudo
está na tabela 6. A indicação de mais
de um método por tipologia signifi-
ca que não há grandes diferenças
entre os desempenhos estruturais e
construtivos, e que também há uma
razoável equivalência de custos en-
tre eles (variação máxima da ordem
de 10%). Tais diferenças poderão ser
compensadas conforme as peculiari-
dades de cada caso, que depende-
rão dos locais das obras, dos tipos
de fundações e de outros fatores que
possam interferir no resultado final
da obra de alargamento e reforço.
u
Tabela 5 – Esforços e deslocamento nas seções notáveis da ponte 3
Método de
alargamento
Longarinas existentes
Longarinas novas
Mom. fletor
vão
(kN.m)
Mom. fletor
apoio
(kN.m)
Esforço
cortante
(kN)
Flecha total
(cm)
Mom. fletor
vão
(kN.m)
Mom. fletor
apoio
(kN.m)
Esforço
cortante
(kN)
Flecha
imediata
+
diferida (cm)
Viga de
concreto
2640
-3010
1140
2,30
1640
-2430
788
2,45
Protensão
externa
3830
-4180
1470
2,60
Vigas pré-
-moldadas
2830
-3140
1200
2,30
1810
491
3,73
Vigas
mistas
2800
-3110
1190
2,30
1730
453
1,78
u
Tabela 6 – Melhores opções
de alargamento por tipologia
de ponte
Ponte Melhor método obtido do estudo
1
Concreto armado moldado
no local
Vigas pré-moldadas de concreto
Vigas mistas
2
Protensão externa
Vigas pré-moldadas de concreto
3
Concreto armado moldado
no local
Vigas mistas
1...,101,102,103,104,105,106,107,108,109,110 112,113,114,115,116
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