Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 79

CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017 | 79
com suas respectivas tolerâncias
(diâmetro, comprimento, módulo de
elasticidade, tipos de polímeros, tra-
tamento superficial, forma e proprie-
dades térmicas) e as características
mínimas de seu desempenho no
concreto (tenacidade e durabilida-
de), além de dividir responsabilida-
des entre projetistas e fornecedores
no uso das macrofibras no concreto.
Merece destaque o anexo dessas
especificações, que traz os procedi-
mentos para o ensaio de durabilida-
de dessas macrofibras sintéticas em
meio alcalino.
Por sua vez, as recomendações
para aplicação das fibras de aço ou
macrofibras sintéticas são um con-
junto de recomendações para rece-
bimento, armazenagem e adição à
betoneira das fibras ou macrofibras,
por um lado, e para o recebimento,
descarga do caminhão, adensa-
mento, compactação, acabamento
superficial do concreto reforçado
com fibras, por outro, inclusive as
recomendações para a moldagem
de corpos de prova.
MERCADO ONTEM E HOJE
Os documentos, publicados em
2012 no site
, são
dirigidos aos fornecedores de fibras
estruturais, concreteiras, construto-
ras, executores de pisos, projetistas
e clientes finais de obras de pisos.
“As especificações e recomenda-
ções do Comitê de Fibras da Anapre
surgiram num momento em que o
mercado estava imerso numa profu-
são de novos materiais, carecendo
de informações técnicas imparciais
e orientadoras. Por isso, a iniciativa
foi importante para orientar o mer-
cado de pisos quanto à correta es-
pecificação de produtos e os meios
adequados para sua incorporação
no concreto”, contextualiza o diretor
administrativo da Anapre, Eng. Júlio
Portella Montardo, que foi um dos
coordenadores do Comitê Técnico,
desfeito em 2014.
Na sua avaliação, por se basea-
rem principalmente nas normas em
vigor ABNT NBR 15530 (2007), ASTM
C 1609 (2006) e JSCE-SF04 (1984),
os documentos continuam válidos
para o mercado de pisos industriais.
Com a consolidação do entendi-
mento sobre os limites para o uso
de cada fibra e com a movimenta-
ção no setor para a publicação de
normas técnicas nacionais específi-
cas para essas fibras e para a re-
visão da ABNT NBR 15530:2007, a
iniciativa pioneira do Comitê Técnico
de Fibras da Anapre foi retomada e
expandida pelo Comitê Técnico 303
do IBRACON e da Abece sobre o
uso de materiais não convencionais
para estruturas de concreto, fibras
e concreto reforçado com fibras.
“O CT 303 passou a conduzir os
trabalhos para recomendações téc-
nicas num arcabouço mais amplo
de critérios de dimensionamentos
estruturais, não abrangendo apenas
as estruturas continuamente apoia-
das, como os pisos industriais, mas
também as estruturas aporticadas,
recobrindo por completo as aplica-
ções do concreto reforçado com fi-
bras”, explica Montardo.
No ano passado, o CT 303 lan-
çou a Prática Recomendada “Projeto
de estruturas de concreto reforçado
com fibras”, com diretrizes para o
desenvolvimento de projetos de es-
truturas de concreto reforçado com
fibras, apoiadas ou não em meio
elástico. Para este ano, o Comi-
tê prevê publicar mais seis práticas
recomendadas sobre o assunto (ver
“Coluna Institucional” nesta edição).
“A Prática Recomendada IBRA-
CON/Abece ampliou o escopo de
utilização do CRF para fins estrutu-
rais, ao possibilitar soluções combi-
nadas – estruturas com armaduras
convencionais associadas com fi-
bras – que aproveitam a sinergia de
ambos elementos de reforço, acom-
panhando uma tendência de âmbito
globalizado, sendo uma atualização
necessária para a Engenharia Civil
Brasileira”, finaliza Montardo.
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