Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 69

CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017 | 69
traços fluidos, com abatimento S220,
adicionando maiores consumos de fi-
bras por m³.
2.4 Desenvolvimento de aditivos
A preferência pelo tipo de aditivo
empregado nesses concretos tem
sido pelo uso exclusivo do super-
plastificante à base de éter policar-
boxilato, com características para
obter elevada redução de água, longa
manutenção da trabalhabilidade com
valores superiores a >2h de manuten-
ção do abatimento, e alta resistência
em idades precoces quando submeti-
dos a processos de cura acelerada e
cura ao ar nas idades de 1 a 3 dias.
Escolher um bom aditivo é uma
das etapas mais exigentes dos es-
tudos de dosagem de CRF, pois po-
dem ocorrer grande variações de de-
sempenho (Figura 17). Atribui-se ao
desempenho e compatibilidade do
aditivo no concreto a obtenção de
boa trabalhabilidade, sem segregar,
sem exsudar, para ser bem lançado
e adensado.
Embora as normas internacionais
e alguns especialistas recomendem
para ensaiar a trabalhabilidade do
concreto fresco reforçado com fibra o
ensaio de Vebe, a opção nacional tem
sido a de manter a metodologia da
norma brasileira ABNT NBR NM 67.
Na boa prática, os resultados obtidos
têm sido satisfatórios para avaliar a
trabalhabilidade para qualificar as ma-
crofibras. O ensaio de Vebe em obra
para receber o CRF fresco é incomum
e exige um equipamento bem mais
sofisticado do que o aparelho de aba-
timento do cone de Abrams. Há ainda
a opção da mesa de Graff (
flow table
concrete
), que prevê o espalhamen-
to do cone modificado sob a ação de
15 golpes de 5 cm de queda. O uso
deste método tem sido difundido nos
países que empregam as normas EN,
pois pode prover maior adequabilida-
de com a inserção de dada energia.
2.5 Ensaios de
desempenho mecânico
Nos projetos onde o concreto re-
forçado com macrofibra tem função
estrutural, as moldagens, em labora-
tório e na obra, de corpos de prova
cilíndricos e prismáticos têm sido em
mesa vibratória (Figura 18), confor-
me procedimento japonês JSCE-SF
2 –
Method of making specimens for
strength and toughness tests of steel
fiber reinforced concrete
.
Na falta de mesa vibratória, a mol-
dagem manual de prismas de CRF,
com o uso da haste de adensamento,
com os golpes definidos pela ABNT
NBR 5738:2015, pode-se usar a pró-
pria haste como apoio da forma para
poder finalizar o adensamento ade-
quado do concreto com vibração ma-
nual (Figura 19).
O concreto projetado para valida-
ção do desempenho com uso ou não
de aditivo acelerador e do efeito da
u
Figura 17
Curvas de manutenção da trabalhabilidade do concreto fresco
reforçado com 6 kg/m³ de macrofibra polimérica obtidas nos ensaios
de qualificação de aditivos
u
Figura 18
Processo de moldagem de corpos de prova em mesa vibratória
1...,59,60,61,62,63,64,65,66,67,68 70,71,72,73,74,75,76,77,78,79,...116
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