Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 64

64 | CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017
macrofibra polimérica foi para minimizar
a fissuração por retração do concreto
aplicado nas concretagens do piso es-
pecial (Figura 3), das paredes e cober-
tura do túnel. Estudos térmicos dos tra-
ços de CRF refrigerado com gelo foram
previamente realizados e indicaram que
a fissuração de retração térmica teria mí-
nimas chances de ocorrer.
2. PROCEDIMENTO EXECUTIVO
O procedimento desenvolvido para
estudar, adequar às necessidades (de
projeto e execução) e aprovar os traços
de CRF são descritos a seguir.
2.1 Qualificação das macrofibras
A qualificação das macrofibras co-
meça pela seleção de fornecedores e
análise dos boletins técnicos de cada
produto e fabricante. São avaliadas
comparativamente as características e
propriedades da macrofibra. Fator de
forma, números de fibras por unidade
de massa (n/kg) e dosagem típica para
atendimento a taxa de tenacidade ne-
cessária são pontos impactantes para
avaliar em teoria a trabalhabilidade e a
adequabilidade do compósito (CRF). A
Tabela 1 demonstra a variabilidade de
algumas fibras disponíveis no mercado.
2.2 Ensaios de durabilidade para
qualificação da macrofibra
Conhecer a qualidade da macrofi-
bra sintética é fundamental para apro-
var e qualificar o produto, bem como
para verificar a viabilidade de seu em-
prego em substituição ao emprego das
fibras metálicas e das armaduras, nos
casos em que a fibra tem função es-
trutural. O emprego de uma fibra não
durável diminuirá a vida útil da estru-
tura. Outras finalidades, como minimi-
zar a fissuração causada pela retração
do concreto endurecido e aumentar a
resistência ao impacto causador de
quebra de bordas em elementos pré-
-moldados, são também avaliadas
nesta etapa de qualificação.
O procedimento para avaliar a du-
rabilidade em meio alcalino e as carac-
terísticas das macrofibras poliméricas,
confrontando resultados de ensaios
com as informações dos boletins técni-
cos do fabricante e especificações dis-
poníveis, tem sido executado conforme
as metodologias:
u
Tabela 1 – Quadro comparativo entre tipos de fibras trivialmente disponível no mercado nacional
Características
MF 1
MF 2
MF 3
MF 4
MF 5
Composição
Copolimero de
polipropileno
Polipropileno
Polietileno
Polipropileno
Polipropileno
Vidro álcali resistente
Densidade (g/cm³)
0,90 a 0,92
0,92
0,90 a 0,92
2,68
Número de fibras
por kg (un)
37.000
> 31.000
330.000
Comprimento da fibra
(mm)
54
51
45
54
36
Fator de Forma
74
67
Fio
Rigído, monofilamento
Flexível, fibrilado
Misto rigído e flexível
Flexível, fibrilado
Rigído
Resistência à Tração
(MPa)
640
600 a 650
> 600
600 a 650
1700
Módulo de Elasticidade
(GPa)
10
9,5
> 7
7
67
Ponto de
amolecimento (°C)
159 a 179
130
165
860
Ponto de ignição
> 450°C
330°C
> 550°C
Absorção de água
Desprezível
Nula
Nenhuma demanda
adicional de água
Resistência aos álcalis
e ácidos
Resistente
Excelente
Alta
100% resistente
Muito alta
Cor
Branca
Branca
Cinza e branca
Cinza
Branca
Dosagem típica (kg/m³)
4 a 6
1,8 a 1
2 a 6
5 a 15
1...,54,55,56,57,58,59,60,61,62,63 65,66,67,68,69,70,71,72,73,74,...116
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