CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017 | 67
incluindo ensaios de reatividade poten-
cial entre álcali e agregados, desenha-
dos para verificar o atendimento aos
requisitos de durabilidade e às especifi-
cações de projeto, bem como, à boa e
longa manutenção de trabalhabilidade,
desde o início da mistura na central até
o termino do lançamento, e às resis-
tências especificadas para cada etapa
construtiva.
A adição das macrofibras em labo-
ratório e na central sempre foi realizada
como sendo a última etapa do preparo
do concreto (as premissas para vali-
dação em laboratório são descritas na
ABNT NBR 12821:2009), para evitar a
formação dos ninhos de fibras, conhe-
cidos como “ouriços” (Figuras 8 e 9).
Em laboratório, na qualificação da
macrofibra, a formação dos ouriços no
processo de mistura é um dos requisi-
tos para desqualificar a fibra. A não ob-
servação desse requisito fará com que
haja problemas durante a mistura e o
bombeamento, ou patologia no con-
creto adensado.
Outro requisito importante para
aprovação da fibra é o do concreto
fresco atender à trabalhabilidade na
faixa especificada, sem segregar ou
exsudar (Figura 10). Ajustes do teor
de argamassa e adequação da faixa
de agregados graúdos são necessá-
rios para adequar o CRF (Figura 11).
u
Figuras 8 e 9
Ninhos de macrofibras conhecidos como “ouriços”
u
Figura 10
Segregação no concreto CRF
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Figura 11
Abatimento do traço de
concreto convencional
reforçado com 6 kg/m³ de
macrofibra polimérica, com fio
monofilamento rígido, lançado
no revestimento secundário de
túnel no Porto Maravilha
u
Figura 12
Abatimento do traço de
concreto convencional
reforçado com 4 kg/m³ de
macrofibra polimérica, com fio
monofilamento fibrelado flexível,
aplicado no piso especial da
obra Projeto Sirius –
CNPEM/RACIONAL