Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 74

74 | CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017
No caso de equipamentos com fun-
dações superficiais, o modelo de placas
apoiadas sobre meio elástico pode ser
considerado um modelo realístico que
permite uma análise estrutural adequada.
Nesse caso uma análise linear em
modelo de elementos finitos (barras)
pode ser feita, considerando a real
geometria da base e levando em con-
sideração sua interação com o meio
elástico através de apoios com molas,
conforme mostra a Figura 1.
Admite-se comportamento elástico-
-linear do CRF, utilizando o valor para o
módulo de elasticidade e para o coefi-
ciente de Poisson de acordo do con-
creto simples, sem adição de fibras.
Assim, obtêm-se os esforços solicitan-
tes no elemento estrutural para, então,
fazer o dimensionamento do CRF.
Nessa hipótese, a consideração das
ações na estrutura deve ser feita por
meio de representações de ações con-
sideradas estáticas sobre o elemento
estrutural, conforme mostra a Figura
2, bem como de ações consideradas
dinâmicas sobre o elemento estrutural
mostradas na Figura 3.
Os esforços solicitantes predomi-
nantes são os momentos fletores, sen-
do necessário, então, conhecer a en-
voltória desses esforços, conforme se
observa na Figura 4.
4. DIMENSIONAMENTO NO
ESTADO LIMITE ÚLTIMO
Tendo como referência a Prática
Recomendada IBRACON/ABECE “Pro-
jeto de estruturas de concreto reforça-
do com fibras”, no caso de placas com
cargas perpendiculares ao seu plano
(lajes), sem armadura longitudinal e com
predominância de solicitação de flexão,
a verificação da capacidade resistente
pode ser feita com base no momento
resistente m
Rd
avaliado, considerando
comportamento rígido-plástico do ma-
terial CRF.
No Modelo Rígido-Plástico é utili-
zado como valor de referência único o
valor de
f
Ftud
, que representa a resis-
tência residual última de cálculo à tra-
ção do CRF, sendo dado pela seguinte
expressão:
[1]
O valor de
f
R3
é obtido a partir en-
saio de flexão (EN 14651, 2007), sendo
u
Figura 3
Ações dinâmicas no elemento estrutural
u
Figura 4
Envoltória de momentos fletores na base
1...,64,65,66,67,68,69,70,71,72,73 75,76,77,78,79,80,81,82,83,84,...116
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