 
          68  |  CONCRETO & Construções  |  Ed. 86  | Abr – Jun • 2017
        
        
          médio, mais branco aparece o pro-
        
        
          duto na imagem.
        
        
          
            Raios X (EDS)
          
        
        
          Os Raios X são utilizados para
        
        
          identificar e quantificar elementos
        
        
          químicos presentes em determinada
        
        
          amostra. São utilizados nas técnicas
        
        
          de espectrometria e difratometria
        
        
          de raios X e em MEV. No MEV, os
        
        
          raios X são detectados por sistemas
        
        
          acoplados de EDS e/ou WDS, que
        
        
          são acessórios do MEV, que além
        
        
          da imagem, permitem diagnosticar o
        
        
          elemento químico presente na partí-
        
        
          cula investigada. Nas pesquisas re-
        
        
          alizadas na ABCP, utiliza-se o EDS,
        
        
          que detecta Raios X através da me-
        
        
          dição da energia característica de
        
        
          cada elemento químico, permitindo
        
        
          sua identificação nos produtos ob-
        
        
          servados. Essa técnica é conhecida
        
        
          como microanálise.
        
        
          Atualmente alguns centros de
        
        
          pesquisas brasileiros já utilizam
        
        
          MEVs de última geração, com o
        
        
          chamado
        
        
          
            Field Emission Gun
          
        
        
          (FEG).
        
        
          Sua principal vantagem é a me-
        
        
          lhor resolução. A ABCP também
        
        
          utiliza esses microscópios FEGs
        
        
          quando uma melhor resolução
        
        
          é necessária.
        
        
          Uma etapa importante diz respeito
        
        
          à preparação da amostra. Essa preci-
        
        
          sa ser montada de modo adequado
        
        
          no suporte do porta-amostra do MEV,
        
        
          ajustando-se a melhor orientação em
        
        
          relação ao feixe de elétrons e ao cole-
        
        
          tor. Para fixação da amostra no porta-
        
        
          -amostra vários tipos de cola podem
        
        
          ser usados, como, por exemplo, cola
        
        
          de prata coloidal, fitas adesivas, co-
        
        
          las poliméricas, mas na ABCP se opta
        
        
          por utilizar cola à base de carbono.
        
        
          Feita a montagem o próximo pas-
        
        
          so é a metalização da amostra, com
        
        
          o objetivo de aumentar a condutivi-
        
        
          dade elétrica da sua superfície pela
        
        
          deposição de fina camada de ouro
        
        
          ou carbono, pois o concreto apre-
        
        
          senta baixa condutividade elétrica.
        
        
          O processo mais eficiente de de-
        
        
          posição é a utilização de um equipa-
        
        
          mento chamado de metalizador, que
        
        
          consiste de um sistema de evapora-
        
        
          ção que remove o ouro de um ele-
        
        
          trodo maciço por bombardeamento
        
        
          com íons pesados de argônio e o
        
        
          deposita sobre todas as reentrân-
        
        
          cias e proeminências da superfície
        
        
          da amostra. Embora seja possível
        
        
          usar evaporação térmica em alto
        
        
          FOTO 3
        
        
          Aspecto ao microscópio eletrônico dos
        
        
          produtos cristalizados (C) a partir do
        
        
          gel maciço (M) no poro – aumento de
        
        
          2.000x - Elétrons Retroespalhados.
        
        
          Trata-se de gel maciço, típico da reação
        
        
          álcali-agregado, a partir do qual se
        
        
          desenvolveram produtos cristalizados.
        
        
          Essa é uma indicação da reação dos
        
        
          álcalis solubilizados contidos nos poros
        
        
          com os agregados, sendo responsável
        
        
          pelas manifestações patológicas.
        
        
          C
        
        
          C
        
        
          M
        
        
          FOTO 4
        
        
          Detalhe ao microscópio eletrônico dos
        
        
          produtos cristalizados da RAA (C) –
        
        
          aumento de 3.000x – MEV - Elétrons
        
        
          Retroespalhados. Muitas vezes o
        
        
          gel expansivo da RAA se cristaliza,
        
        
          resultando em fases cristalizadas,
        
        
          como essas rosáceas que são vistas
        
        
          nessa foto, apresentando a mesma
        
        
          composição do gel.
        
        
          C
        
        
          C
        
        
          C
        
        
          FOTO 5
        
        
          Aspecto ao microscópio eletrônico
        
        
          do produto da RAA em forma maciça
        
        
          (G) na argamassa – Gel típico da
        
        
          RAA - aumento de 800x - Elétrons
        
        
          Secundários. O gel decorrente da RAA,
        
        
          que preferencialmente se deposita
        
        
          nos poros e vazios, neste caso
        
        
          retratado, está disseminado por toda
        
        
          a argamassa, indicando uma situação
        
        
          generalizada de RAA, favorecida pela
        
        
          presença de umidade, agregado reativo
        
        
          e disponibilidade de álcalis.
        
        
          G
        
        
          G
        
        
          FOTO 6
        
        
          Aspecto ao microscópio eletrônico
        
        
          do concreto, onde se observam
        
        
          microfissuras – aumento de 130x –
        
        
          MEV – Elétrons Retroespalhados.
        
        
          Essas microfissuras do concreto
        
        
          que foram parcialmente preenchidas
        
        
          por produtos de corrosão (C) das
        
        
          armaduras, constituídos por hidróxidos
        
        
          e óxidos hidratados de ferro.
        
        
          C