Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 64

64 | CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017
e Secretário da Comissão de Estudos
da ABNT NBR 9062. Com conteúdo
abrangente, englobando aspectos
de projeto, produção e montagem,
a norma tem hoje 86 páginas, mais
do que o dobro da versão de 2006,
quando foi publicada com 42 pági-
nas. Segundo os palestrantes, um
dos pontos centrais da revisão foi
a definição do conceito de rigidez
secante das ligações para a perfei-
ta estabilidade global da estrutura.
“A definição do fator de restrição da
ligação viga-pilar, de onde são deri-
vados os coeficientes de mola e de
rotação da viga em relação ao pilar,
permite um melhoramento da mode-
lagem espacial do edifício como um
todo”, apontou Melo.
Outro ponto importante da norma
revisada foi a significativa ampliação
do capítulo de montagem e a defini-
ção do plano de Rigging, que segun-
do Marin, “irá contribuir para o desen-
volvimento do setor ao agregar mais
segurança nas operações em campo
com elementos pré-moldados”. O
plano de Rigging é o planejamento
formalizado de uma movimentação de
cargas com guindaste móvel, visando
à otimização dos recursos aplicados
na operação (equipamentos, acessó-
rios e outros) para se evitar acidentes
e perdas de tempo.
A análise da estabilidade de es-
truturas pré-moldadas, com foco nas
ligações semirrígidas, foi o tema da
palestra do professor do Núcleo de
Estudos e Tecnologia em Pré-Mol-
dados de Concreto da Universida-
de Federal de São Carlos (NETPRE/
UFSCar), Marcelo de Araújo Ferreira.
Os conceitos e perspectivas de
desenvolvimento da ABNT NBR
16475:2017 foram apresentados
pelo engenheiro Augusto Pedrei-
ra de Freitas, coordenador da Co-
missão de Estudos da ABNT NBR
16475. Ele contou que o principal
objetivo na busca por uma norma
específica foi o de difundir o uso
do sistema construtivo de painéis.
“Um sistema que não tem normali-
zação, não tem garantia, afetando
sua confiabilidade, o que acarreta
insegurança a alguns construtores
e agentes financiadores de obras”,
explicou. Segundo Freitas, nas dis-
cussões para a produção do texto-
-base da norma, a comissão de es-
tudos se baseou em experiências
nacionais e internacionais de uso
de painéis pré-moldados e procurou
tomar o cuidado para que a norma
não engessasse o sistema, lançan-
do mão de requisitos que favoreces-
sem novos desenvolvimentos. Ainda
segundo ele, em relação à Norma de
Desempenho (ABNT NBR 15575), a
norma de painéis assegura o de-
sempenho estrutural, mas remete
diretamente àquela quando se trata
de desempenho à estanqueidade,
conforto térmico e acústico.
Sua apresentação foi complemen-
tada pelas palestras dos engenheiros
Luciana Alves de Oliveira, do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas de São
Paulo (IPT), e Marcelo Luis Mitidieri,
do Instituto Falcão Bauer, que falaram
sobre o desempenho de sistemas ha-
bitacionais produzidos com painéis
pré-fabricados de concreto.
O Seminário foi encerrado com
um painel de debates, mediado por
Íria Doniak, que contou com a partici-
pação dos palestrantes, da arquiteta
Mesa de debates no encerramento do Seminário
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