Revista Concreto & Construções - edição 86 - page 59

CONCRETO & Construções | Ed. 86 | Abr – Jun • 2017 | 59
6) existência de tijolos partidos e par-
cialmente expelidos de suas cavida-
des, pela ação do gradiente térmico
existente entre as área do dorso e
intradorso nas abóbodas.
As manifestações patológicas apre-
sentam-se ao longo de diversos pontos
do extradorso das cascas, conforme
apresentado nas Figura 8 e 9.
3. REFORÇO DAS CASCAS
COM CONCRETO PROJETADO
Identificadas as manifestações pa-
tológicas existentes à época, foram
empregadas as técnicas clássicas de
reforço e recuperação. Os serviços
visaram restabelecer a integralidade
da argamassa e armaduras, além de
evitar futuras infiltrações.
Inicialmente foram identificadas
e marcadas as fissuras com abertu-
ra superior a 0,5 mm, sendo essas
preenchidas com resina epóxica de
baixa viscosidade, após a instalação
de purgadores nos domos, de modo
a proceder a injeção de modo manu-
al e gradativo.
Foi dimensionada a colocação
de uma armadura diagonal, em CA
50, de
φ
6,3mm, a cada 7,5 cm de
modo a resistir às tensões de tração
existentes nos cantos fissurados das
cascas e limitar a abertura de novas
trincas, a valores condizentes com a
ABNT NB1-78, vigente à época da
execução do reforço.
Para o restabelecimento da argamas-
sa, duas sugestões foram consideradas:
1) aplicação de traço em concreto
projetado com consumo mínimo
de 400 kg de cimento por m
3
.
2) utilização de argamassa em traço
de 1:3, com emprego de sílica ati-
va e um superplastificante, para o
emprego do menor consumo de
água possível.
u
Figuras 8 e 9
Exposição de armaduras no dorso da abóboda
Fonte:
Autores (2017).
u
Figuras 10 e 11
Máquina de projeção de concreto e bico de saída
Fonte:
Engelok Equipamentos.
u
Figuras 13 e 14
Substituição dos domos originais por policarbonato translúcido
Fonte:
Autores (2017).
u
Figura 12
Malha no aguardo da aplicação
do concreto
Fonte:
Autores (2017).
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