Revista Concreto & Construções - edição 81 - page 80

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u
fornecer uma camada resistente à
erosão abaixo do PCCA, visando
reduzir o risco de punchouts;
u
fornecer uma superfície nivelada,
que permite que a armadura seja
posicionada corretamente;
u
assegurar uma ligação uniforme
com o PCCA, visando contribuir
para o desenvolvimento de um pa-
drão regular de fissuras.
A Figura 2 mostra a armadura po-
sicionada no topo da camada inter-
mediária de concreto asfáltico de uma
seção de teste na rodovia E17, em De
Pinte (Bélgica), construída em agosto
de 2011.
A classe de concreto adotada va-
ria: nos Países Baixos utiliza-se con-
creto C30/37 ou C35/45 e na Bélgica,
concreto C35/45 (o primeiro e segun-
do números se referem ao valor ca-
racterístico de resistência à compres-
são aos 28 dias em cilindros e cubos,
respectivamente).
Por razões econômicas, o PCCA
tem sido adotado em vias de alto vo-
lume de tráfego pesado (Figura 3). A
vida útil de projeto considerada está
entre 30 a 40 anos. Nos Países Bai-
xos e na Bélgica, a espessura do con-
creto em um PCCA é calculada como
se fosse um pavimento de concreto
simples, e, então, a taxa de armadura
longitudinal é calculada ou escolhida
para limitar a abertura da fissura para
um máximo de 0,4 mm. Para rodovias,
a espessura placa de PCCA é usual-
mente de 250 mm.
2. PROCESSO DE FISSURAÇÃO
EM PCCA
O PCCA possui grande extensão e,
portanto, sempre está sujeito ao apa-
recimento de fissuras de retração de-
vido ao endurecimento do concreto e
também as variações de temperatura
no concreto (parcialmente) endurecido.
As deformações e curvaturas resultan-
tes da retração (e mudanças de tem-
peratura) são altamente restringidas
pelo atrito do pavimento de concreto
com a camada subjacente. Isso resulta
em tensões de tração no pavimento de
concreto que aumentam com o tempo.
Fissuras transversais ocorrem se essas
tensões superarem a resistência à tra-
ção do concreto.
Um dos modelos para descrever
o processo de fissuração no PCCA
é conhecido como Tension Bar Mo-
del. Este modelo foi inicialmente de-
senvolvido por NAOKOWSKI (1985)
e descreve a interação entre aço e
concreto devido à restrição das de-
formações. Isto resulta em uma so-
lução analítica, tanto para o compri-
mento de transferência quanto para a
abertura da fissura, para um padrão
de fissuras ainda não completamen-
te desenvolvido. Esse modelo está
inserido no VENCON2.0, o método
de projeto estrutural holandês atual
para pavimentos de concreto simples
e para pavimentos de concreto conti-
nuamente armado. O VENCON2.0 e o
Tension Bar Model são explicados em
HOUBEN et al. (2007).
Para prevenir o escoamento do aço,
a taxa de armadura longitudinal depen-
de da classe do concreto (ver Tabela 1).
Baseado em observações
in situ
dos padrões de fissuração durante a
última década, a taxa de armadura lon-
gitudinal adotada nos Países Baixos e
na Bélgica é substancialmente maior
do que as taxas apresentadas na Ta-
bela 1 e também um pouco maior do
que as taxas exigidas por cálculos de
acordo com o VENCON2.0. A Tabela
2 apresenta taxas de armadura longi-
tudinal atualmente recomendadas para
rodovias pelo Ministério dos Transpor-
tes e Meio Ambiente da Holanda, onde
uma camada de asfalto poroso (AP) é
aplicada na superfície do PCCA para
reduzir o ruído, a propagação de detri-
tos e o
spray
.
3. PADRÃO DE FISSURAÇÃO
E POSSÍVEIS DANOS EM PCCA
SEM MEDIDAS DE CONTROLE
DE FISSURAÇÃO
3.1 Padrão de fissuração
na Rodovia E17
Como exemplo, o desenvolvimento
do padrão fissuração no PCCA da rodo-
via E17 (Bélgica) será apresentado. As
três seções de teste de PCCA, com di-
ferentes taxas de armadura longitudinal
u
Figura 2
Armadura para PCCA em seção
de teste na rodovia E17
(De Pinte, Bélgica)
u
Figura 3
PCCA na rodovia E313
(Herentals, Bélgica)
1...,70,71,72,73,74,75,76,77,78,79 81,82,83,84,85,86,87,88,89,90,...116
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