Revista Concreto & Construções - edição 84 - page 86

86 | CONCRETO & Construções
O carregamento é gerado automati-
camente pelo programa, considerando
o peso próprio do maciço e do revesti-
mento e sua interação (Figura 6).
Nas Figuras 7 e 8 são apresentados
os resultados de momento fletor e força
normal no revestimento do túnel.
Com este modelo de ordem hierár-
quica mais alta é possível ver os resul-
tados do recalque na superfície do ter-
reno e também se houve plastificação
no maciço. Estes resultados são apre-
sentados nas Figuras 9 e 10.
Nota-se que o momento fletor na
calota superior do modelo simplificado
possui um valor maior que aquele en-
contrado no modelo em meio contínuo.
Esta diferença ocorre, porque no mode-
lo em meio contínuo existe um arquea-
mento de carga,
que não é repre-
sentado no mo-
delo simplificado.
A hipótese simpli-
ficadora adotada para o carregamento
não estava adequada. Assim, é propos-
ta uma nova forma de carregar o mode-
lo simplificado para que este represente
melhor a interação solo-estrutura.
3.3 Modelo de ordem hierárquica
mais baixa – revisão do
carregamento adotado
(modelo 3)
A nova proposta de carregamento,
com uma simulação do arqueamento
do maciço, é apresentada na Figura 11
(notar que a resultante da carga vertical
é a mesma).
Nas Figuras 12 e 13 são apresentados
os diagramas de momento fletor e força
normal no revestimento do túnel para o
carregamento indicado na Figura 11.
Verifica-se na Tabela 1 que os re-
sultados de momento fletor e força
normal no modelo simplificado (bai-
xa hierarquia) com o carregamento
revisado e o modelo em meio con-
tínuo (alta hierarquia) são muito pró-
ximos. Isso mostra que, mesmo o
modelo sendo mais simples, se os
parâmetros e os dados de entrada fo-
rem coerentes com o problema físico
que se deseja representar, seus resul-
tados são bastante próximos aos de
modelos de hierarquia superior.
Note-se que ainda há alguma di-
ferença importante nos resultados do
arco invertido, provavelmente decor-
rente do arqueamento da carga ho-
rizontal aplicada, pois o material da
camada inferior de solo é bastanterígido.
Numa tentativa de melhorar a precisão
desses resultados, ambos os modelos
poderiam evoluir. No modelo de elemen-
tos finitos, o critério de resistência do solo
u
Figura 6
Geometria do modelo 2 em elementos finitos
u
Figura 7
Momento fletor (tf.m/m)
u
Figura 8
Força normal (tf/m)
u
Figura 9
Curva de recalques na superfície do terreno
1...,76,77,78,79,80,81,82,83,84,85 87,88,89,90,91,92,93,94,95,96,...100
Powered by FlippingBook