Revista Concreto & Construções - edição 92 - page 59

CONCRETO & Construções | Ed. 92 | Out – Dez • 2018 | 59
& Construções
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drenos em fundação e no concreto da barragem, realiza-
das por 15 técnicos. Menos de 0,5% dessas leituras preci-
sam de revisão de campo. Para completar o monitoramen-
to, inspeções visuais diárias, regulares e específicas, são
realizadas por oito engenheiros experientes. Todos esses
dados são objeto de análises de confiabilidade e análises
de comportamento estrutural regulares.
A cada quatro anos, um conselho de consultores pas-
sa uma semana avaliando relatórios especiais, fazendo
inspeções visuais focalizadas e produzindo um relatório
contendo recomendações para melhorias das atividades
de segurança e intervenções de manutenção preventiva.
O Laboratório de Tecnologia do Concreto investiga, por
sua vez, o envelhecimento e a durabilidade das estrutu-
ras e fundações da usina, por meio de ensaios não des-
trutivos. Já, o Ceasb realiza estudos que compreendem
modelagem 3D de barragens e unidades geradoras, mo-
delo termomecânico e sísmico de blocos de sustenta-
ção, interação fluido-estrutura, modelagem de massa de
fundação, estudos de restauração do vertedouro, fluên-
cia do concreto, entre outros. Alguns desses estudos
realizados pelo Ceasb e pelo Laboratório de Tecnologia
do Concreto de Itaipu foram apresentados por Étore aos
congressistas do
Dam World
2018.
Foi ainda realizada a Mesa-Redonda sobre Barragens
de Rejeitos, com a participação de especialistas do Brasil,
do Chile, de Portugal e dos Estados Unidos.
Caius Priscu, diretor de gerenciamento de água e
resíduos minerais da Anglo American, em Santiago, no
Chile, abordou a governança de barragens de rejeitos,
Momento do Workshop sobre Segurança de Barragens
Engª Laura Caldeira palestra na Mesa-Redonda ao lado
de outros painelistas
enfatizando que competências e treinamento de pes-
soal continuam sendo prioridades, bem como equipes
de longa formação, revisores independentes e discipli-
nas sobre programas de gerenciamento de barragens
em universidades.
Cristina Wincler, diretora técnica de minas e barragens
na América Latina da Aecon, apresentou os resultados de
estudos de campo e de investigações em laboratório em
barragens de rejeitos da companhia.
Joaquim Pimenta de Ávila, da Pimenta de Ávila Con-
sultoria discutiu o programa de monitoramento baseado
em riscos de barragens de rejeitos, apresentando seus
princípios, seus propósitos, metodologia, instrumentação
e resultados.
Por fim, Laura Caldeira, pesquisadora do LNEC, apre-
sentou os tipos de barragens de rejeitos, suas similarida-
des e diferenças em termos de sua segurança estrutural
e gerenciamento operacional, e sua comparação com as
barragens de armazenamento de água.
Um Workshop sobre Segurança de Barragens foi ofere-
cido aos congressistas pela Associação Canadense de Bar-
ragem (CDA), contando com a participação de 25 inscritos.
Os inscritos na
Dam World
2018 fizeram ainda visitas
técnicas às usinas de Itaipu, Yacyretá (Paraguai) e Baixo
Iguaçu (Paraná).
A
Dam World
2018 teve o apoio do Comitê Brasileiro
de Barragens (CBDB) e da Comissão Nacional Portuguesa
de Grandes Barragens (CNPGB).
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