CONCRETO & Construções | Ed. 90 | Abr – Jun • 2018 | 45
de 24 andares) e MaxHaus Morumbi
(124 apartamentos distribuídos em qua-
tro torres de térreo + 8 pavimentos), am-
bos construídos em parede de concreto
pela MaxCasa.
A necessidade de conhecer melhor
o usuário e suas necessidades deman-
dou a promoção de uma ampla pesqui-
sa de campo, que buscou identificar os
principais critérios de adoção do siste-
ma pelas construtoras e indicar even-
tuais gargalos para desenvolvimento da
cadeia produtiva do sistema (Figura 4).
6. NORMA TÉCNICA DE PAREDE
DE CONCRETO
Em maio de 2012, o mercado bra-
sileiro ganhou uma norma técnica es-
pecífica para edificações construídas
com o sistema parede de concreto. A
publicação da ABNT NBR 16055:2012
- Parede de concreto moldada no lo-
cal para a construção de edificações
— Requisitos e Procedimentos coroou
cinco anos de trabalho do GPC, que
reuniu entidades setoriais, órgãos de
pesquisa e empresas, num total de 39
organizações integrantes à época.
O texto normativo, que fixou requisitos
para a construção de edifícios de qualquer
altura, aborda critérios para a qualidade da
parede, projeto, materiais, análise estrutu-
ral, dimensionamento e procedimentos
para a fabricação da parede, entre outros
aspectos. A publicação da norma (Figura
5) aumentou a segurança e encurtou o
caminho para os empreendedores, dis-
pensados a partir de então de seguir as
diretrizes SINAT para obter crédito para
seus empreendimentos.
7. DISSEMINAÇÃO
DO CONHECIMENTO
A difusão de informações acompa-
nha todo o desenvolvimento tecnoló-
gico da parede de concreto. Além da
elaboração de material bibliográfico,
ferramentas e simuladores, contam-se
dezenas de seminários, palestras, me-
sas-redondas e workshops realizados.
Para que o método siga evoluindo,
o GPC atua sob quatro grandes fren-
tes, que são: sustentabilidade, norma/
capacitação, subsistemas/divulgação
e informação.
Em relação à sustentabilidade, a in-
tenção é conhecer e avaliar a sustenta-
bilidade do sistema parede de concre-
to, de modo a poder compará-lo com
outros sistemas, promover melhoria
contínua e comunicar o mercado da
construção civil sobre suas vantagens.
A norma/capacitação busca dissemi-
nar conhecimento atualizado, esclarecer o
texto da NBR 16.055:2012 e assegurar ao
mercado que o sistema parede de con-
creto atenda à NBR 15.575. Isso é impor-
tante para garantir a qualidade no uso do
sistema, evitar erros de interpretação da
norma e consolidar o uso da tecnologia.
Na área de subsistemas, o objetivo
é promover workshops dos subsiste-
mas que compõem a tecnologia: Fôr-
mas, Esquadrias, Concreto e Químicos
(cura, impermeabilização, desmoldante
etc.). A ideia é criar um canal de comu-
nicação entre fornecedores e constru-
toras, para melhorar o diálogo, a fim de
desenvolver o sistema, gerando produ-
tos específicos para ele.
Em relação à divulgação, o GPC pro-
move ou participa de diversos seminá-
rios, palestras e workshops. Apenas em
2017 foram 36 eventos para 2.500 par-
ticipantes. Além disso, oferece cursos
(básico, execução e projetos) e material
didático para capacitar arquitetos, pro-
jetistas estruturais e de instalações. São,
em média, 14 cursos e 500 profissionais
atendidos por ano. Em decorrência da
Figura 4 – Pesquisa sobre adoção da tecnologia nas obras brasileiras
Figura 5 – Reunião da Comissão de Norma de Parede de Concreto