Revista Concreto & Construções - edição 90 - page 37

CONCRETO & Construções | Ed. 90 | Abr – Jun • 2018 | 37
projetar com este sistema construtivo.
4. DÉCADA DE 1990 A 2010
Com as normas da ABNT de AE
publicadas em seu conjunto, a indús-
tria cresce com novas plantas se insta-
lando fora da região metropolitana de
São Paulo e em outros estados, pro-
duzindo blocos e pisos intertravados
de concreto e outros sistemas de lajes
pré-fabricadas (lajes treliçadas) surgem
no mercado. O setor passa então a se
preocupar ainda mais com a qualidade
dos blocos de resistências cada vez
mais altas, para atender os projetos de
edifícios residenciais, com 15,18, 20 e
22 pavimentos.
Os programas de qualificação de
componentes começam a exigir dos fa-
bricantes de blocos de concreto - e das
construtoras - maior rigor na compra
dos produtos qualificados para as obras
públicas, inicialmente, e posteriormente
também para o mercado imobiliário.
Em 2009, volta a ser farto o crédito
federal, agora não mais pelo BNH (ex-
tinto em 1985), mas pela Caixa Econô-
mica Federal, para uma nova etapa de
construção de milhares de moradias
pelo Brasil. Grandes construtoras de
São Paulo, Rio e Minas levam o sistema
construtivo em AE para muitos estados
brasileiros, motivando investidores a
instalar plantas industriais para a pro-
dução de blocos de concreto.
Em 2003, as indústrias do Rio
Grande do Sul, Santa Catarina e Pa-
raná criam uma associação chamada
BlocoSul que, em 2005, com a adesão
de outros estados, passa a se chamar
BlocoBrasil-Associação Brasileira da
Indústria de Blocos de Concreto.
5. CONCLUSÃO
Com milhares de prédios cons-
truídos em AE pelo nosso país, sen-
do a maior concentração no estado
de São Paulo, e com diversas teses
de mestrado e doutorado, pesqui-
sas acadêmicas, intercâmbio in-
ternacional e alguns livros publica-
dos, o Brasil apresenta certamente
grande conhecimento do processo
construtivo.
Tem-se agora o objetivo de al-
cançar o melhor desempenho possí-
vel de habitabilidade e conforto que
as moradias em AE possam oferecer
e que, em conjunto com outros com-
ponentes das paredes, estarão sem
dúvida atendendo aos requisitos da
norma NBR:15.575 -2013 da ABNT,
a Norma de Desempenho de Edifica-
ções Habitacionais.
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