Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 35

CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017 | 35
Onde:
R, j
f
é a resistência residual à flexão
correspondente à abertura de fissura,
com CMOD=CMODj e j=1, 2, 3 e 4
(MPa);
j
F
é a carga correspondente a aber-
tura de fissura específica CMODj,
com CMOD1=0,5 mm, CMOD2=1,5
mm, CMOD3=2,5 mm e CMOD4=3,5
mm, com j = 1, 2, 3 e 4;
l
é o vão de ensaio (mm);
B é a largura do corpo de prova (mm);
sp
h
é a distância entre o topo do cor-
po de prova até o topo do entalhe.
[3]
,
2
3
2
=
f
L
ct L
sp
F l
f
bh
Onde:
,
f
ct L
f
é o limite de proporcionalidade
LOP (MPa);
L
F
é a carga correspondente ao LOP
(N).
As curvas podem apresentar
configurações distintas e a carga F
L
deve ser determinada traçando uma
linha na distância 0,05 mm e paralela
ao eixo x do gráfico de carga versus
CMOD, assumindo que o valor de F
L
é a maior carga obtida nesse intervalo
(Figura 3).
O principal elemento que dificul-
ta a utilização desse ensaio para o
controle do CRF é a necessidade de
equipamento com um sistema fe-
chado de controle de deformação,
ou seja, a deformação imposta no
ensaio deve ser controlada pelo des-
locamento medido no corpo de pro-
va. Esse tipo de equipamento não é
comum nos laboratórios de controle
tecnológico, sendo mais comum em
universidades e centros de pesquisa.
Trata-se de um equipamento de alto
custo e operação mais complexa.
Ciente dessa dificuldade, o
fib
Model
Code 2010 (FIB, 2013) propôs a pos-
sibilidade de se utilizar ensaios alter-
nativos para o controle tecnológico,
mas cuja correlação com o ensaio
de referência (EN14651) seja com-
provada. Como opção de ensaios al-
ternativos normalizados se tem, por
exemplo, os ensaios de flexão qua-
tro pontos (JSCE-SF4, 1084; ASTM
C1609, 2012) e punção de placas
circulares (ASTM C1550, 2012).
Porém, as dificuldades enfrentadas
pela ausência de infraestrutura labo-
ratorial para a execução desses faz
com que o ensaio de duplo puncio-
namento ou ensaio Barcelona (UNE
83515, 2010) possa ser considerado
uma alternativa viável para o controle
tecnológico do CRF e será discutido
em detalhe a seguir.
3. ENSAIO DE DUPLO
PUNCIONAMENTO
OU BARCELONA
Com o intuito de desenvolver
um ensaio alternativo aos tradicio-
nais ensaios de flexão, que seja de
configuração mais simples e, ainda
assim, confiável para o controle do
comportamento mecânico do CRF,
foi desenvolvido o ensaio Barcelo-
na. Esse ensaio foi normalizado na
Espanha por meio da AENOR UNE
83515 (2010) e consiste no duplo
puncionamento aplicado a discos
de carga posicionados na região
central de corpos de prova molda-
dos ou testemunhos extraídos. A re-
lação entre o diâmetro (d) e a altura
(H) da amostra deve ser igual a um
e os discos de carga de aço têm di-
âmetro (a) igual a 1/4 do diâmetro
do corpo de prova e altura igual a
1/5 de sua altura, conforme ilustra o
esquema da Figura 4.
O carregamento do corpo de pro-
va deve ser contínuo e aplicado a uma
u
Figura 3
Posições da carga correspondente ao LOP (FL) em diagramas
carga-CMOD
Fonte:
EN 14651, 2007
1...,25,26,27,28,29,30,31,32,33,34 36,37,38,39,40,41,42,43,44,45,...116
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