Revista Concreto & Construções - edição 87 - page 34

34 | CONCRETO & Construções | Ed. 87 | Jul – Set • 2017
dimensões nominais (largura e altura)
de 150 mm e comprimento variando
entre 550 mm e 700 mm. A norma
prevê que podem ser medidas a aber-
tura da fissura (CMOD) ou o desloca-
mento vertical do prisma (
δ
). Quando
é medido o CMOD, o transdutor (
clip
gage
) deve ser posicionado no meio
da largura do corpo de prova, de tal
forma que a distância entre a bor-
da inferior e a linha de medição seja
menor ou igual a 5 mm (conforme in-
dicado na Figura 1). No caso de ser
medido o deslocamento vertical, um
transdutor de deslocamento (LVDT)
deve ser montado em uma estrutu-
ra rígida (denominado Yoke) fixada
ao corpo de prova a meia altura da
amostra sobre os cutelos.
Para que os resultados sejam
expressos em carga versus CMOD,
quando é realizada apenas a medi-
da do deslocamento vertical (
δ
), esta
pode ser convertida para CMOD por
meio da Equação 1.
[1]
δ
= 0,85 CMOD + 0,04
A velocidade de ensaio é controla-
da pelo aumento do CMOD em 0,05
mm/min até que o CMOD atinja valor
igual a 0,1 mm. A partir desse ponto,
a velocidade aumenta para 0,2 mm/
min até o término do ensaio, para
um valor de CMOD superior a 3,5
mm. Caso o controle seja realizado
por deslocamento vertical, as taxas
podem ser convertidas por meio da
Equação 1. A Figura 1 ilustra as con-
figurações de ensaio na máquina com
medida de abertura de fissura (a) ou
deslocamento vertical (b).
Utilizando a curva de carga por
abertura de fissura podem ser calcu-
lados os parâmetros: limite de propor-
cionalidade (
,
f
ct L
f
) e as resistências
residuais f
R1
, f
R2
, f
R3
, f
R4
, correspon-
dentes a valores de CMOD
iguais a
0,5 mm, 1,5 mm, 2,5 mm e 3,5 mm,
respectivamente. A Figura 2 ilustra
uma curva produzida com resultados
de um ensaio EN 14651, onde podem
ser identificados os parâmetros de
carga F
j
que são utilizados nos cál-
culos das resistências LOP (limite de
proporcionalidade) e residuais.
As resistências residuais à flexão
para diferentes valores de CMOD
deve ser calculada com a Equação 2
e o limite de proporcionalidade (LOP)
com a Equação 3. Esses cálculos
tomam por base o comportamento
elástico de modo a estimar a tensão
na fibra mais tensionada da seção
transversal. Trata-se de uma hipóte-
se simplificadora histórica adotada
por praticamente todas as normas
que definem o controle do CRF na
flexão de prismas. Portanto, o
fib
Mo-
del Code 2010 (FIB, 2013) estabelece
parâmetros de correção para o uso
dessas resistências residuais no cál-
culo estrutural.
[2]
2
3
2
=
j
Rj
sp
F l
f
bh
u
Figura 1
Configurações de ensaio: a) com
clip-gage
(medida de CMOD);
b) com LVDT (medida do
d
)
b
a
u
Figura 2
Exemplo de curva de carga
versus
CMOD identificando os principais
parâmetros de carga
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
0 0,5
1 1,5
2 2,5
3 3,5
4
Carga (kN)
CMOD (mm)
1...,24,25,26,27,28,29,30,31,32,33 35,36,37,38,39,40,41,42,43,44,...116
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