Revista Concreto & Construções - edição 83 - page 57

CONCRETO & Construções | 57
determinação da variação de com-
primento de corpos de prova de ar-
gamassas e/ou concreto, extraídos
de elementos e/ou peças estruturais,
expostos em determinadas condi-
ções controladas de temperatura e
umidade, em laboratório, ao longo
de um período de exposição. As de-
terminações de variação volumétrica
aqui referidas não dizem respeito
às que são produzidas por forças
ou pressões externas aplicadas aos
corpos de prova. As medições aqui
referidas dizem respeito aos efeitos
expansivos decorrentes de reações
autógenas dos componentes de ar-
gamassas e/ou concretos moldados
com cimentos hidráulicos e agrega-
dos rochosos, mais especificamente
às expansões oriundas das reações
do tipo álcali-agregado.
6.2 Terminologia
Nos procedimentos aqui sugeri-
dos, a expansão remanescente deve
ser entendida como a expansão, de-
corrente da reação álcali-agregado,
que ocorrer após a extração e prepa-
ração dos testemunhos, até que as
medições se tornem estatisticamen-
te assintóticas ao longo do tempo.
6.3 Significado e uso
As medições das variações de
comprimentos permitirão avaliar o
potencial de expansão que poderá
ocorrer nas peças/elementos estru-
turais representadas pelos corpos de
provas obtidos através dos testemu-
nhos extraídos. As medições deve-
rão ser feitas nos corpos de prova ar-
mazenados em quatro temperaturas
distintas. Isto permitirá que se cor-
relacione as condições de exposição
acelerada com as medições efetua-
das em corpos de prova estocados
à temperatura ambiente sob a con-
dição úmida. Os corpos de prova
serão estocados em ambiente de
temperatura e umidade controlada,
sem, entretanto, estarem imersos em
água, como indicado na Tabela 1.
6.4 Aparelhos e instrumentos
Deverão ser utilizados recipientes
tanques ou depósitos herméticos,
que garantam a exposição requeri-
da. É recomendado que se utilizem
pares de medidores, fixados exter-
namente e diametralmente opos-
tos a cada corpo de prova, do tipo
“strain-meter”, com capacidade de
leitura contínua e campo de medição
superior a 500microstrains (mínima
leitura < 3microstrains). Deverão ser
utilizados anéis metálicos, não afeta-
dos por corrosão, com diâmetro in-
terno de 160 mm, diâmetro externo
adequado para permitir a fixação dos
extensômetros e espessura suficien-
te para dar rigidez à fixação por meio
de parafusos metálicos. O contato
do parafuso com o a superfície do
corpo de prova não poderá ser por
puncionamento (para eliminar risco
de que uma eventual ocorrência de
fissuras, durante o ensaio, danifique
o ponto de apoio), e sim por delgada
sapata de apoio. Deverá, preferivel-
mente, ser adotada uma caixa de ter-
minais de leitura para o acoplamento
dos cabos de medição ao sistema
de leitura de deformações e tempe-
ratura, que faça leituras compatíveis
com as capacidades de medição
dos instrumentos adotados. A umi-
dade dos tanques deverá ser con-
trolada de modo a atender os limites
estabelecidos.
6.5 Corpos de prova
Corpos de prova, de dimensões
estabelecidas (Tabela 1), deverão ser
extraídos da estrutura, através do
corte com serra de disco, com topo
e base ortogonais ao eixo do cilindro.
6.6 Condições de
armazenamento
Após o preparo dos corpos de
prova, instalação dos medidores
e leituras iniciais, eles deverão ser
armazenados nos respectivos reci-
pientes indicados. A solução de 1N
NaOH deverá ser despejada no fun-
do do tanque.
u
Tabela 1 – Características de corpos de prova e ambientes para o
armazenamento durante os ensaios
Condições
de cura
Temperatura
(ºC)
Umidade
(%)
Número de
corpos de
prova
Dimensões
A (Normal)
23 + 0.5
> 75
3
Diâmetro > 3* T.M.A
Tamanho máximo
do agregado
B – 38 ºC
38 + 1.0
C – 50 ºC
50 + 1.0
2
Comprimento – Altura >
2* Diâmetros
D – 60 ºC
60 + 1.0
1...,47,48,49,50,51,52,53,54,55,56 58,59,60,61,62,63,64,65,66,67,...100
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