Revista Concreto & Construções - edição 83 - page 55

CONCRETO & Construções | 55
temperaturas distintas (23°C, 38°C
e 50°C), sob as mesmas condições
de umidade e saturação de NaOH. A
escolha das temperaturas para rea-
lização dos testes adicionais teve a
intenção de se estabelecer uma re-
gressão matemática, visando obter o
tempo necessário que minimizasse a
chance de ocorrer aumento das fis-
suras (incremento das expansões),
considerando a temperatura ambien-
te da estrutura. Ou seja, estimar a
taxa de expansão remanescente.
Os ensaios foram realizados
usando uma amostra de 3 corpos
de prova extraídos aleatoriamente da
ponte (sem uma preferência que in-
duzisse a uma determinada prepon-
derância). As condições ambientais
de armazenamento estão apresenta-
das na Figura 8.
Os ensaios (Figura 9) iniciaram-se
em março/2009, sendo que as leitu-
ras e aquisições de dados se esten-
deram até o final de 2011, em cerca
de 900 dias de duração. As leituras
e observações foram realizadas sis-
tematicamente permitindo obter os
gráficos da Figura 10.
4. CONSIDERAÇÕES SOBRE
OS RESULTADOS E ANÁLISES
A taxa de expansão à tempera-
tura de 23ºC (próxima à temperatu-
ra ambiente da obra) foi de aproxi-
madamente 20 microstrains/ano, ou
seja, muito inferior àquela inicialmen-
te adotada nos modelos matemáti-
cos (50 microstrains/ano). Estes re-
sultados confirmaram a redução da
taxa de expansões futuras.
O critério de aleatoriedade na se-
leção de amostras, adotado no início
do experimento (sem a devida carac-
terização da zona, peça estrutural,
u
Figura 10
Gráficos das deformações
Gráficos das deformações obtidos com base nas leituras durante os ensaios a 23°C
a
Gráficos das deformações obtidos com base nas leituras durante os ensaios a 38°C
b
Gráficos das deformações obtidos com base nas leituras durante os ensaios a 50°C
c
1...,45,46,47,48,49,50,51,52,53,54 56,57,58,59,60,61,62,63,64,65,...100
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