Revista Concreto & Construções - edição 79 - page 63

CONCRETO & Construções | 63
6
S
imilar
,
de
forma
geral
,
à
N
orma
B
rasileira
ABNT NBR 12655:2015.
resistance of concrete, unidirectional
diffusion
)e ISO1920–Parte12:2015
(
Determination of the carbonation
resistanceofconcrete—Accelerated
carbonation method
);
u
procedimentos de preparação e
controle da qualidade do concre-
to, elaborados pelo SC3, dando
origem à ISO 22965:2007
6
(
Part 1:
Methods of specifying and guid-
ance for the specifier e Part 2: Spec-
ification of constituent materials,
production of concrete and compli-
ance of concrete
);
u
procedimentos de manutenção es-
tabelecidos pelo SC7, publicados
como ISO 16311:2014 (
Maintenan-
ce and repair of concrete structu-
res
), composta de quatro Partes.
A ISO 16204, que trata do projeto
para a durabilidade a partir das ações
ambientais e seu efeito sobre as es-
truturas de concreto, teve como base
os princípios das ISO 2394 (
General
principles on reliability for structures
),
ISO 13823 (
General principles on the
design of structures for durability
), do
ISO/TC 98, e do Model Code 2010 da
fib
(
Fédération Internationale du Béton
).
A Figura 2 ilustra o fluxo de deci-
sões e as atividades de projeto neces-
sárias em um processo racional para a
vida útil de serviço de uma estrutura,
com um nível estabelecido de confia-
bilidade, segundo a ISO 16204 e que
está de acordo com o previsto no Mo-
del Code 2010 da
fib
.
O ICONTEC –
Instituto Colombiano
de Normas Técnicas y Certificación
, pu-
blicou em 2012 a NTC 5551
Durabilidad
de Estruturas de Concreto
, com base
nos requisitos das Normas Internacio-
nais ISO anteriormente mencionadas.
Seria possível listar e comentar
diversos outros documentos normati-
vos estrangeiros, que têm servido de
base aos trabalhos internacionais de
normalização e também de iniciativas,
como a da Colômbia, de aproveitar a
normalização internacional para gerar
normas nacionais sobre a durabilida-
de das estruturas de concreto. No
entanto, essa lista poderia se tornar
extremamente extensa e a literatura
técnica disponível sobre o tema já
traz preciosas informações a respei-
to, recomendando-se uma consulta
aos Livros publicados pelo IBRACON,
conforme referências bibliográficas
deste artigo.
6. CONCLUSÕES
A normalização brasileira de con-
creto e estruturas de concreto tem
acompanhado as tendências interna-
cionais e, em alguns casos, sido pro-
ativa no desenvolvimento de normas
técnicas para temas específicos.
Nos últimos anos, os Comitês Bra-
sileiros de normalização atuaram for-
temente na atualização do acervo da
ABNT, no intuito de atender a neces-
sidade impostas pela ISO, que vão ao
encontro dos anseios da própria so-
ciedade técnica.
Algumas tentativas para o desen-
volvimento de normas brasileiras es-
pecíficas de avaliação dos efeitos de
agentes agressivos às armaduras de
aço das estruturas de concreto (como
a carbonatação e a difusão de cloretos)
geraram propostas de ensaios e pro-
cedimentos comparáveis aos recente-
mente publicados pela ISO, o que nos
incentiva a retomar esse trabalho e, se
for o caso, adotar as normas interna-
cionais ou propor melhorias para sua
próxima revisão.
No entanto, muito trabalho há ain-
da pela frente, para que seja possível
desenvolver todos os itens previstos
no fluxograma proposto pelas entida-
des internacionais (ISO e
fib
), inician-
do pelo monitoramento, inspeção e
inventário das estruturas existentes ou
em execução.
O tema desta edição da Revista
Concreto & Construções do IBRACON
leva-nos a uma série de reflexões, ne-
cessárias neste momento em que a
economia brasileira, uma vez mais, dá
sinais de fraqueza.
A construção civil é um dos gran-
des motores da economia, mas res-
ponde também pelos maiores des-
perdícios de materiais e, com isso, de
geração de resíduos. É fundamental
desenvolver processos de divulgação
que informem sobre as normas bra-
sileiras que podem ser aplicadas em
cada caso (como, por exemplo, as
Normas que viabilizam a reciclagem
de concreto e a utilização de resíduos
de demolição da construção civil em
concreto sem função estrutural ou ca-
madas de pavimentação).
Os setores industriais têm buscado
reduzir o impacto de seus processos,
considerando aspectos legais, norma-
tivos e mercadológicos, conscientes
de que no momento atual sua ima-
gem frente aos consumidores pode
ser o fator decisivo para o sucesso. Os
processos de qualidade e gestão am-
biental, propostos pela ISO (séries ISO
9000 e ISO 14000) certamente são
um diferencial, mas a certificação dos
produtos, por sua conformidade às
normas específicas, é uma segurança
importante para os consumidores.
O concreto tem provado ao longo
dos anos que é um excelente material
1...,53,54,55,56,57,58,59,60,61,62 64,65,66,67,68,69,70,71,72,73,...132
Powered by FlippingBook