CONCRETO & Construções | 61
3
A
edição mais
recente
da
BS 7543
foi
publicada
em
abril
de
2015
pelo
BSI – B
ritish
S
tandards
I
nstitution
.
4
ISO 15686
B
uildings
and
constructed
assets
– S
ervice
life
planning
,
composta
de
11 P
artes
,
sendo
que
a
primeira
,
de
P
rincípios
G
erais
,
foi
publicada
no
ano
2000
e
revisada
em
2011.
de lajes alveolares, ABNT NBR
16258:2014, de estacas pré-fa-
bricadas e Projeto 18:600.19-001,
que trata de painéis de parede,
em fase final de aprovação), que
seguem a linha estabelecida por
sua norma-mãe, a ABNT NBR
9062, estabelecendo os requisitos
específicos para os processos de
produção, controle e montagem
das estruturas com esses elemen-
tos - vale destacar os requisitos
estabelecidos para a qualidade
da execução das estruturas pré-
-fabricadas, onde os controles
industriais proporcionam aumento
na durabilidade, com relação aos
padrões convencionais.
4. NORMA DE DESEMPENHO
Marco inovador no setor da cons-
trução civil, a ABNT NBR 15575, pu-
blicada em segunda versão em 2013,
compila o conteúdo de um acervo
normativo construído ao longo dos
anos e nem sempre absorvido pelo
meio técnico de maneira adequada,
estabelecendo requisitos e critérios
de desempenho para o conforto dos
usuários de edificações habitacionais.
A Norma, composta de seis Par-
tes, aplica-se ao edifício habitacional
como um todo integrado e aos seus
sistemas, independentemente dos
materiais utilizados na construção.
No quesito durabilidade, a im-
portância da Norma de Desempe-
nho está nos conceitos trazidos da
BS 7543:2003
3
(
Guide to durability of
buildings and building elements, products
and components
) e no estabelecimento
de prazos para a vida útil de projeto.
O efeito de uma falha no desempe-
nho (da estrutura, do elemento, do sis-
tema, etc.), o grau de dificuldade nas
operações de manutenção e reparação
e o custo envolvido, são os três fatores
considerados pela BS 7543, e também
pelas ABNT NBR 15575 e ISO 15686-
1:2000
4
, para as avaliações de durabili-
dade e estabelecimento dos prazos de
vida útil de projeto. A Figura 1 exemplifica
esse processo e nela verifica-se que, no
caso das estruturas, a vida útil de projeto
deve sempre ser a maior dentre os siste-
mas que compõe uma edificação.
A lógica do crescimento continua-
do no campo da normalização técni-
ca merece aqui ser explicitada, pois a
Norma de Desempenho reafirma a ida-
de mínima de 50 anos para estruturas
de qualquer material, prazo já previsto
pela ABNT NBR 8681:2004 (Ações e
segurança nas estruturas), e também
o conceito de vida útil de projeto da
ABNT NBR 6118 publicada em 2003.
Tendo em vista incentivar o cres-
cimento dos setores da construção
com base em critérios de desempe-
nho ideais, como os praticados em
países desenvolvidos, a ABNT NBR
15575 traz um anexo de caráter in-
formativo com dados de desempe-
nho denominados de intermediário (I)
e superior (S) para alguns requisitos.
No caso da vida útil de projeto das
estruturas, tem-se, na Parte 1 dessa
Norma, os valores recomendados de
63 anos para o desempenho interme-
diário e 75 anos para o superior.
O significado da vida útil de proje-
to segundo a ABNT NBR 15575:2013
está a seguir registrado:
3.43
Vida Útil de Projeto (VUP)
Período estimado de tempo
para o qual um sistema é pro-
jetado a fim de atender aos
requisitos de desempenho es-
tabelecidos nesta Norma, con-
siderando o atendimento aos
requisitos das normas aplicá-
veis, o estágio do conhecimen-
to no momento do projeto e
supondo o cumprimento da pe-
riodicidade e correta execução
u
Quadro 1 – Estrutura do ISO/TC71
Subcomitê
Título
Secretaria
SC1
Test Methods for Concrete
SII (Israel)
SC3
Concrete production and execution of concrete structures
SN (Noruega)
SC4
Performance requirements for structural concrete
ANSI/ACI (USA)
SC5
Simplified design standards for concrete structures
ICONTEC (Colômbia)
SC6
Non-Traditional reinforcing materials for concrete structures
JISC (Japão)
SC7
Maintenance and repair of concrete structures
KATS (Coréia)
SC8
Environmental Management for Concrete Structures
JISC (Japão)