Revista Concreto & Construções - edição 78 - page 28

28 | CONCRETO & Construções
u
Figura 4
Seção típica do piso protendido
ção. A relaxação é o fenômeno de di-
minuição da tensão aplicada ao longo
do tempo por processos de fluência,
constituindo-se em uma das perdas de
protensão que deve ser considerada
no processo de dimensionamento. As
principais características são apresen-
tadas na tabela 1.
Como o cabo não é aderido, a força
de protensão é transmitida ao concreto
por meio das ancoragens fixadas na ex-
tremidade do cabo. As ancoragens po-
dem ser de dois tipos, ativas e passivas.
A ancoragem passiva é posicionada
na extremidade do cabo oposta à que re-
cebe o alongamento e é constituída por
uma estrutura de ferro fundido, na qual
é fixada, por processo de prensagem, a
cordoalha, conforme mostra a figura 5 (a).
Já a ancoragem ativa, Figura 5 (b)
apresenta nicho no qual se aloja a cunha
de protensão. Esse dispositivo é forma-
do por um cone bi ou tripartido, que per-
mite a fixação da cordoalha na ancora-
gem, após o estiramento do cabo.
Após a concretagem e ganho de
resistência do concreto, é feita a pro-
tensão, geralmente em duas fases: a
primeira, cerca de 8 a 12 horas após
a concretagem, na qual se aplica cer-
ca de 10 a 20% da carga final de pro-
tensão e a segunda fase, que deve ser
feita quando o concreto atinge 20 MPa
de resistência, ou outro critério estabe-
lecido pelo projetista.
3. DIMENSIONAMENTO DA PLACA
DE CONCRETO
3.1 Tensões atuantes
A determinação das tensões atu-
antes, tanto as devidas aos carrega-
mentos como as relativas às variações
térmicas são executadas de acordo
com os modelos de cálculo similares
às outras soluções de reforço (Rodri-
gues, 2010), como programas de ele-
mentos finitos ou métodos analíticos,
como as equações de Meyrhof, que
aqui são apresentadas as expressões
simplificadas, que fornecem o momen-
to fletor máximo para a carga atuando
no interior ou na borda da placa, M
i
e
M
b
respectivamente.
[1]
( )
2 6 1
i
P
M
a
l
=
é
ù
+
ë
û
[2]
( )
3
3,5 1
b
P
M
a
l
=
é
ù
+
ë
û
Onde: P é a carga aplicada, a é o
raio da área de contato da carga e
l
é
o raio de rigidez da placa de concreto:
[3]
( )
0,25
3
2
12 1
Eh
l
k
m
é
ù
ê
ú
=
- ê
ú
ë
û
Sendo E e µ,o módulo de elastici-
dade e coeficiente de Poisson do con-
creto, h, a espessura da placa e k, o
módulo de reação do sistema subleito
sub-base.
Com base nas expressões, é cal-
culada a tensão máxima atuante
no concreto:
[4]
2
6
at
M
h
s =
Calculada a tensão atuante, podem
ocorrer duas situações distintas:
[5]
adm
at
s s £
Sendo
σ
adm
, a tensão admissível no
concreto, tomada como a resistência
u
Figura 5
Ancoragens
Ancoragem passiva
a
Ancoragem ativa
b
1...,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27 29,30,31,32,33,34,35,36,37,38,...120
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