Revista Concreto & Construções - edição 91 - page 90

90 | CONCRETO & Construções | Ed. 91 | Jul – Set • 2018
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Figura 29
Finalização da projeção
da argamassa polimérica
dessas juntas, com infiltrações graves
nas Estacas EST 1 + 0,60m e EST 18
+ 13,0 m. Dessa maneira, foram in-
jetadas com resina de poliuretano as
áreas fissuradas ativamente e, tam-
bém, foi introduzida uma nova junta
de proteção, externa, tipo PERFIL
JEENE JJ2626Ω, executada conforme
Figura 30.
A aplicação desse perfil foi após
a execução do revestimento de arga-
massa polimérica com 2cm.
5.6 Injeção de calda de cimento
para a cortina
A disposição dos equipamentos
de injeção foi tal que a calda de ci-
mento pode circular continuamente
pela tubulação, a fim de evitar sua
obstrução e, ao mesmo tempo, per-
mitindo um controle acurado da pres-
são no furo, por menor que tenha sido
o volume da calda absorvida.
O misturador foi equipado com
um medidor de água, com leitura
em litros e frações, para controle de
quantidade de água. Foram toma-
das providências que asseguraram
que as operações de injeção fossem
contínuas. Manômetros na boca do
furo indicaram que a pressão nos
furos e nas tubulações foram devi-
damente controladas por registros
(Figura 31).
A calda para injeção foi compos-
ta basicamente de água e cimento,
sendo o uso de adições não reque-
rido nesta etapa de atividades na
obra.Nos trabalhos de injeção, foi
empregada essencialmente calda de
cimento com dosagem água/sólidos
expressa em peso de 2:1, 1:1, 0,7:1
e 0,5:1, significando que a quanti-
dade de água para o peso unitário
dos sólidos será de 2, 1, 0,7 e 0,5,
respectivamente.
Em princípio, todas as perfurações
foram executadas sem recuperação
de testemunhos, empregando-se
perfuratrizes com diâmetro de 2 ½”
a 3”. Todos os furos foram abertos
seguindo as locações e direções indi-
cadas nos projetos da Geotechnique,
observando-se a máxima retilinea-
ridade, direção e inclinação. Dessa
forma, todos os furos tiveram os seus
alinhamentos rigorosamente controla-
dos, desde os seus posicionamentos
(Figura 32).
Todos os furos foram locados to-
pograficamente e as cotas de suas
bocas niveladas.
A lavagem dos furos foi concluída
e antes do início de qualquer injeção,
os detritos resultantes das perfura-
ções foram removidos por meio de
lavagem, até que a água retornasse
limpa, a critério da Fiscalização.
Os furos de 1ª fase (primários)
foram indiscriminadamente injeta-
dos sem ensaios de perda d’água.
Os furos de 2ª fase (secundários)
foram todos ensaiados para perda
d’água. Os furos eventuais (2ª, 3ª
fases) foram também ensaiados,
sendo que todos os furos foram en-
saiados com água limpa, sob pres-
são, até atingir a pressão de inje-
ção prevista no trecho em ensaio.
Esses ensaios foram executados
em um único estágio de pressão,
durante 10 minutos, em trechos as-
cendentes de 3,0 metros ou confor-
me as diretrizes da ABGE, e fizeram
parte integrante da presente Espe-
cificação Técnica.
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Figura 30
Detalhe de instalação de perfil
de vedação tipo ômega
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Figura 31
Vista da bomba de injeção
no topo da barragem
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Figura 32
Perfuratriz executando os furos
para injeção de calda de cimento
1...,80,81,82,83,84,85,86,87,88,89 91,92,93,94,95,96,97,98,99,100,...116
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